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Estado de Minas ARTES VISUAIS

Martir abre as portas a partir desta quinta-feira (1/12), em Tiradentes

Cem obras do colecionador Tadeu Bandeira ficarão expostas no Instituto Tragaluz. Nello Nuno, Rosangela Rennó, Sara Ramo e Pedro Motta estão entre os artistas


01/12/2022 04:00 - atualizado 01/12/2022 16:07

Pintura de Nello Nuno mostra retrato de Samuel Koogan, usando óculos de aro preto, em meio a objetos em sala pintada de vermelho
Detalhe de quadro de Nello Nuno, que foi pago com mesada pelo colecionador Tadeu Bandeira (foto: Martir/divulgação)

Uma lufada de arte contemporânea em meio ao êxtase barroco. Esta é a proposta da “Mostra de artes de Tiradentes” (Martir), que será aberta para o público nesta quinta-feira (1/12). Ficarão expostas cerca de 100 obras criadas a partir dos anos 1970 e doadas ao acervo por Tadeu Bandeira, colecionador e diretor cultural do Instituto Tragaluz, responsável pelo evento.

Com 17 anos, Bandeira começou a se interessar por arte e a frequentar assiduamente o Museu de Arte da Pampulha (MAP), em BH, ajudando informalmente na montagem das exposições. Entre essas experiências, ele conta ter auxiliado mostras do arquiteto Gregori Warchavchik (1986-1972) e do paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx (1909-1994).

Recibos

A primeira aquisição, em 1972, se deu com o dinheiro da mesada. Em pequenas prestações, ele comprou um quadro de Nello Nuno (1939-1975) diretamente no ateliê, em Ouro Preto. Guarda até hoje os recibos bancários dos depósitos. “De lá para cá, virou cachaça”, brinca Bandeira.

O quadro de Nello Nuno faz releitura de uma das obras mais importantes do mundo, “Ateliê vermelho” (1911), de Matisse, exposto no MoMa, em Nova York, observa o colecionador. Ele diz que Nuno acrescentou ali toques de mineiridade e o retrato de seu mecenas artístico, o livreiro e colecionador Samuel Koogan.

Outra releitura vem de Leonardo Brizola, inspirado na renascentista “Diana”, da série de ninfas de Ticiano. “É um toque surrealista em uma obra muito instigante e bonita”, destaca Bandeira.

Com exposições no Museu Reina Sofia de Madri no currículo, Sara Ramo, espanhola radicada em Minas Gerais, está presente com obra sobre a crise da Bolsa de Nova York em 2008. Ela picotou e remontou um exemplar do jornal Financial Times.

O colecionador cita fotografia de Rosângela Rennó, a última a integrar o acervo, que considera uma das peças raras De sua coleção.

Tadeu Bandeira também elogia trabalhos de Desali, Pedro Motta e Marta Neves, “de uma atualidade absurda”, segundo ele.

MARTIR

Instituto Tragaluz, Rua Direita, 44, Tiradentes. Aberto às quintas-feiras, das 10h às 17h; sextas-feiras, das 10h às 22h; e aos sábados, das 10h às 22h. R$ 10. Entrada franca para estudantes e moradores de Tiradentes. Informações:
www.instagram.com/martir.tiradentes/
 
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


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