Tranque 10 comediantes pertencentes a distintas escolas do humor por seis horas em uma sala. Promova entre eles um embate no qual o material bélico é o humor que cada um faz. Quem não se render às gargalhadas, sequer esboçar um sorriso sai vitorioso da brincadeira. Além do troféu, recebe R$ 350 mil, que serão doados para uma instituição social.
É o que provam Bruna Braga, Carol Zoccoli, Eddy Junior, Fábio Rabin, Gigante Leo, Grace Gianoukas, Lindsay Paulino, Marianna Armellini, Mathy Lemos e Rafael Infante, que estão na segunda temporada do reality show “LOL: Se rir, já era!”, a ser lançada pelo Prime Video nesta sexta-feira (2/12).
Inspirado numa produção japonesa, o reality tem Tom Cavalcante como apresentador. Nesta nova temporada, sua parceira na tarefa é Gkay, que substitui Clarice Falcão.
Nos episódios apresentados previamente à imprensa, a turma fez o que pode para chegar à reta final do programa. Se do lado de cá da telinha as gargalhadas saem sem o menor pudor logo nos primeiros 30 segundos do primeiro episódio, os concorrentes encaram a brincadeira com muita seriedade.
Grace Gianoukas conta que teve que se controlar para não entregar o jogo e apontou Lindsay Paulino, único mineiro no desafio, e Gigante Leo como adversários "ameaçadores". Ela já conhecia o humor de ambos. Por outro lado, o fato de não conhecer e acompanhar o trabalho de Bruna Braga, Mathy Lemos e Carol Zoccoli deixou a mãe do projeto Terça Insana de calça na mão. "Elas me surpreenderam e, por isso, foi difícil me controlar."
Em algumas situações, os concorrentes, de acordo com seus adversários, nem precisavam fazer número ou contar uma piada para instigar a risada. "Marianna é engraçada sem falar nada. Ficou puxado", observou Lindsay Paulino, que participou de entrevista virtual sobre a estreia.
"Eu queria enfiar a cara num buraco para não ter que olhar para ninguém", disse Marianna, que participou recentemente da novela global "Salve-se quem puder".
Na sala ao lado daquela em que os atores e comediantes ficam "confinados", Tom Cavalcante e Gkay acompanham todos os movimentos em telões que não deixavam escapar o menor detalhe. Rafael Infante, que está na décima temporada de "Vai que cola", disse que não poder rir já é um combustível para o riso.
Libertação
"O não poder rir sempre foi difícil na minha vida, e o riso sempre funciona como uma libertação", diz ele, citando que as estratégia traçadas pelos concorrentes iam por água abaixo logo de cara. Mathy Lemos, que tem canal nas redes sociais, concorda com Rafael e acrescenta: "O planejamento se torna uma coisa contra você".
Entre os noves competidores que participaram da entrevista coletiva (Eddy Júnior teve problemas de conexão), Bruna Braga reconheceu que foi difícil fazer os colegas rirem. “Eu estava em um elenco que consome e vive uma comédia diferente da minha. Tem uma diferença entre você respeitar o trabalho do outro e consumir, acompanhar, entender o ritmo de comédia”, observa.
“Ao mesmo tempo em que eu beiro o muito popular, estou em um lugar muito ‘nichado’, muito desse humor de ‘carão’, do humor de ‘não vou me depreciar’. Precisei ser malandra para entender a dinâmica e furar essa bolha. Segurar a risada não é dificuldade.”
Cada um tem toda liberdade para usar as próprias armas na luta pelo pódio do “LOL”. Em um dos episódios, Mariana surge como um aspargo. Ela, que não é atriz de personagem, conta que a ideia veio ao encontro do humor absurdo, non sense, que ela gosta. “Fiquei imaginando como seria a vida de um aspargo em conserva, que eu acho uma comida triste.” Comentou também que, se fosse vegetal, não queria ser um aspargo, apesar de se achar muito parecida com o vegetal quando veste biquíni, segundo diz.
A professora de teatro de Lindsay Paulino é um dos destaques desta edição. Famoso pela empregada Rose e a presidiária Xuxeta, Lindsay falou que a personagem inspirada em muitas professoras de artes cênicas foi resultado das criações dela para o Instagram durante a pandemia.
“A diferença é que, ao criar uma personagem, você testa no teatro. Ali, no programa, estava sendo testado por comediantes profissionais que não iriam rir. Aí tinha aquele sentimento de ‘que m#*@ eu estou fazendo e jurando que seria engraçado.?”
Tom Cavalcante não vê, no caso do programa, paralelos entre o humor da televisão e o da internet. “O jogo tem regras que devem ser obedecidas e caminhamos dentro dessas propostas. Há critérios, regras, caminhos dentro da linha, da direção do programa. Nessa temporada houve mais rigor para aquecer o jogo e dar um alô na cabeça do competidor de que a coisa não é fácil."
Conhecido principalmente pelo trabalho em direção de comédia, como "Um tio quase perfeito 2", Pedro Antônio afirma que o projeto do reality é inusitado e por isso mesmo cativante. "Tudo o que acontece é totalmente inesperado, fora da narrativa de uma comédia."
Ao final do bate-papo, Grace fez um desafio. Propôs que o grupo se reunisse novamente para rir o quanto quisesse. Com bom humor, a ideia foi rebatida por Carol: "Eles (o público) gostam é do sofrimento de verdade", brinca.
“LOL - SE RIR, JÁ ERA!”
Estreia da segunda temporada, nesta sexta (2/12), no Prime Video. Com os comediantes Bruna Braga, Carol Zoccoli, Eddy Junior, Fábio Rabin, Gigante Leo, Grace Gianoukas, Lindsay Paulino, Marianna Armellini, Mathy Lemos e Rafael Infante. Apresentação: Tom Cavalcante e GKay.