Jornal Estado de Minas

MÚSICA

Orquestra Mineira de Rock faz 'show surpresa' no Sesc Palladium, esta noite


Uma surpresa de fim de ano. É como Khadhu Capanema define o show da Orquestra Mineira de Rock deste sábado (3/12), no Sesc Palladium, em BH.





O grupo já havia encerrado a temporada de 2022 com apresentação no Palácio das Artes, mas a nova data surgiu quando a Orquestra Ouro Preto, que não poderia se apresentar hoje, convidou os roqueiros para substituí-la. Convite aceito, casa cheia garantida. Os ingressos se esgotaram já na quinta-feira (1/12).
 
Tudo foi preparado em tempo recorde em parceria com o Sesc, nesta época de fim de ano em que palcos são disputadíssimos, sobretudo depois da retomada de eventos presenciais.

“Os shows da Orquestra envolvem gente demais, nossa produção acaba ficando até um pouco cara. Mas o show é um presente para o público que nos segue há tanto tempo, além de um presente para a gente também”, conta Khadhu.

Sem contar com a tradicional figura do maestro, a Orquestra Mineira de Rock reúne 13 integrantes das bandas Cartoon, Cálix e Somba. Eles adotaram processo de autogestão, organizando-se em setores para cuidar de arranjos, instrumentos e criação. Cada núcleo tem o seu responsável. As decisões finais cabem à cúpula composta por um representante de cada banda.





O sistema de auto-organização, que funciona há 20 anos com hiato de uma década, inclui a escolha de repertórios. Neste sábado, o público vai ouvir clássicos do rock, destaques da música erudita, sucessos da MPB e, claro, Beatles.

Documentário em 2023

Entre os planos para 2023 está a disponibilização da produção fonográfica da orquestra nas plataformas de streaming. A novidade será o lançamento de documentário sobre a trajetória do grupo mostrando bastidores, o relacionamento entre as bandas que o formam e a relação com outras orquestras de Minas e da capital.

“Temos forte relacionamento com todo mundo. Nosso grupo é muito grande, todos estão na estrada há 25, 30 anos. O guitarrista Rodrigo Garcia, por exemplo, tem outra orquestra, a Fractal, e faz parte da Orquestra Ouro Preto. Ele está lá constantemente tocando Beatles e 'Valencianas', o concerto com Alceu Valença. Eu mesmo fui violonista no 'Valencianas'. Guilherme Castro, outro guitarrista nosso, já gravou um concerto de música portuguesa”, conta. “E o Léo, que é da Opus, é muito ligado ao Rodrigo Garcia.”





Khaddu afirma que o objetivo do coletivo é “elevar a qualidade da música popular”. Isso ocorre com o diálogo entre os universos erudito e pop, por exemplo. “Não tem muro dividindo e separando os dois mundos. Na verdade, tudo pode ser apreciado por qualquer pessoa. Não é preciso você ter formação musical para apreciar música clássica ou rock”, finaliza.

ORQUESTRA MINEIRA DE ROCK

Neste sábado (3/12), às 21h, no Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro). Ingressos esgotados.

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria