(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TRADUÇÃO

'Wandinha' ou 'Wednesday'? Internet briga por dublagem de séries e filmes

Um lado defende que a adaptação ao português perde a 'cultura' do país de origem da produção. Já o contraponto afirma que a dublagem agrega


06/12/2022 12:55 - atualizado 06/12/2022 13:28

Colagem de fotos
Dublagem de filmes e séries provocou uma briga sobre cultura e elitismo (foto: Divulgação )
A série ‘Wednesday’, sobre a personagem Wandinha Addams, de "A Família Addams", abriu uma discussão nas redes sociais sobre dublagem de filmes e séries, principalmente produções audiovisuais norte-americanas. A adaptação do nome da protagonista, que é ‘quarta-feira’, em tradução para o português, foi criticada por perfis por “perder a essência da personagem”, enquanto outros defendem que o nome se tornou mais acessível para o público brasileiro.
A briga começou com uma publicação que questionava como ‘Wednesday’ se tornou ‘Wandinha’. A internet levantou o ponto de que dublagem não é tradução literal. Ou seja, leva em conta aspectos culturais e gírias para traduzir o material. 
 
O nome da personagem surgiu por causa de uma cantiga infantil tradicional norte-americana que diz que crianças que nasceram nas quartas-feiras são “cheias de aflições”.

“O poema em tradução literal não faria sentido em português, e foi necessária a adaptação do nome e do texto para que seja compreendido em sua totalidade por uma outra cultura. Imaginem uma tradução literal do Caetano ou do 'Auto da Compadecida'?”, escreveu um perfil no Twitter. 
 
“O motivo é transliteração e licença criativa”, pontuou outro usuário, que citou exemplos, como “Don Ramón virou Seu Madruga” e “Bugs Bunny virou Pernalonga”.
 
A defesa também pontuou que as dublagens dos filmes ‘Nova onda do imperador’ e ‘Tá dando onda’ têm um charme especial e acrescentaram para o sucesso da comercialização das produções no Brasil. 
 

Críticas

Os perfis contra a dublagem dizem que a adaptação perde um pedaço da cultura do país de origem da produção. “Eu me sinto roubada quando vejo tanta coisa que eu perdi por ter sido apresentada a adaptações ruins na minha infância. Tanta coisa que, quando eu cheguei aos EUA, tive que aprender de novo, porque a obra que chegou até mim no Brasil era completamente diferente”, escreveu um perfil. 
 
“O malabarismo do brasileiro médio defendendo a tradução ruim de um nome 'porque fica mais fácil' em vez de defender que todos tenham acesso ao estudo de outras línguas para que não sejam necessárias essas adaptações esdrúxulas Wednesday/Wandinha”, diz.
 
O perfil aumentou a discussão e defendeu que os países deveriam ser chamados pelos nomes de origem: “Inclusive até a tradução de nome de país, EUA, Reino Unido, me soa estranha hoje em dia. Não tem por que não usar o nome original escolhido pelo povo detentor daquele nome. Se o povo chama seu país de Deutschland, por que outro povo se sente no direito de chamar de Alemanha?”. 

Outros perfis rebateram este pensamento afirmando ser uma ideia elitista. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)