Foram só traileres, mas o Palácio de Buckingham tremeu. Divulgadas pela Netflix, cenas do documentário sobre o príncipe Harry e sua mulher Meghan aumentaram as tensões entre o casal e a família real britânica, que eles acusam de fazer “jogo sujo”.
A realeza britânica se prepara para a estreia, nesta quinta-feira (8/12), da série com seis episódios e acusações potencialmente explosivas dos duques de Sussex sobre o que os levou a abandonar os deveres reais em 2020 e se mudar para os Estados Unidos.
Serão duas partes – a segunda vai ao ar no próximo dia 15. A direção é de Liz Garbus, indicada ao Oscar pelos documentários “What happened, miss Simone?” (2015) e “The farm: Angola, USA” (1998).
Ódio
Nos trechos publicados no Twitter, Harry, de 38 anos, acusa familiares de usar a imprensa para prejudicá-los, enquanto um dos apoiadores do casal chama isso de “ódio” e “raça”.
O trailer começa com imagens felizes do namoro, noivado e casamento do príncipe com a ex-atriz americana, agora com 41 anos. “Então tudo mudou”, diz Harry. “Existe uma hierarquia na família”, conta ele. “Há vazamentos e histórias também são fabricadas”, acrescenta. “É um jogo sujo.”
A Netflix lançou o primeiro clipe promocional na semana passada, coincidindo com a primeira viagem aos Estados Unidos de William, irmão mais velho de Harry, como herdeiro do trono britânico.
O segundo trailer sugere acusações diretas à realeza, com críticas sobre como as mulheres que se casam com príncipes são tratadas. O clipe mostra imagens de Diana, a falecida mãe de William e Harry, cujo casamento e morte trágica, em 1997, chocaram o Reino Unido.
“Ninguém sabe toda a verdade, nós sabemos toda a verdade”, conclui o príncipe, que lançará seu tão aguardado livro de memórias em janeiro.
Tudo isso ocorre no pior momento para a família real britânica, abalada por um escândalo de racismo envolvendo a madrinha de William, que teve de renunciar ao cargo de dama de companhia após fazer comentários ofensivos a uma convidada negra no Palácio de Buckingham.