Com programa natalino, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais encerra nesta quarta-feira (7/12), às 12h, no foyer do Palácio das Artes, a temporada deste ano. A apresentação, com a participação dos corais Lírico e Infantojuvenil (sob a regência de Lara Tanaka), será comandada por André Brant, maestro assistente da Sinfônica.
Desde o final de novembro, com a saída de Silvio Viegas, a orquestra não tem maestro titular. E poderá entrar 2023 sem novo nome no posto. Regente da Sinfônica desde 2016, Viegas deixou a orquestra por decisão própria, tomada há alguns meses.
“Quis sair porque estava trabalhando e viajando muito. Mas sempre digo que o Palácio das Artes é a minha segunda casa”, comenta Viegas, que regeu o grupo pela primeira vez em 1994. Posteriormente, foi maestro do Coral Lírico e diretor artístico da Fundação Clóvis Salgado.
No início deste ano, Viegas se tornou regente titular da Orquestra Sinfônica Provincial de Santa Fé, na Argentina. Paralelamente, cursa doutorado na UFMG. “Estava precisando de um tempo um pouco maior, um ritmo mais leve”, acrescenta, completando que a decisão “não está sendo fácil”.
Viegas diz que está aberto para convites de futuras produções da casa. “É sempre um prazer trabalhar com a Sinfônica, tenho ali grandes amigos, pessoas que fazem parte da minha história. E acho, sinceramente, que nos seis anos (como regente titular) deixei um legado de bons trabalhos. Olhando para trás, vejo que consegui fazer coisas muito bonitas.”
A OSMG conta com 76 musicistas divididos entre estatutários (que ingressaram via concurso) e celetistas. Sobre esse último grupo, Viegas comenta que são “jovens músicos talentosos e competentes, fundamentais para que a orquestra continue fazendo o trabalho que sempre fez.”
Na opinião dele, é necessário novo concurso “o mais rápido possível, que busque os melhores e que valorize os músicos que venham a trabalhar nela”. O mais recente foi realizado em 2014.
Filarmônica de MG encerra temporada das séries Vivace e Allegro
A “Quinta sinfonia” de Tchaikovsky marca o encerramento de 2022 das séries Allegro e Vivace da Filarmônica de Minas Gerais, na quinta (8/12) e sexta-feira (9/12), às 20h30, na Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto).
Em contraponto à dramaticidade da peça, a orquestra vai apresentar “Minas – Vertentes, mistério, celebração”, encomendada ao compositor mineiro Oiliam Lanna.
Também no programa haverá o balé “Le loup”, do francês Henri Dutilleux. A regência é do maestro Fabio Mechetti. Ingressos de R$ 50 a R$ 167 (valores referentes à inteira), à venda na bilheteria e no site www.filarmonica.art.br