Edino Krieger, um dos principais nomes da música contemporânea do país, morreu aos 94 anos, na terça-feira (6/12), no Rio de Janeiro. O compositor, crítico musical e gestor estava internado há cerca de um mês na Casa de Saúde São José, na capital fluminense. A causa da morte não foi divulgada pela família.
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De acordo com a partitura, a peça é dividida em duas seções – “Diálogo dos pássaros” e “Monólogo das águas” – entremeadas por um solo vocal, que sublinha a melodia.
Ainda nos anos 1970, Krieger se destacaria com “Ritmata” e “Estro Armonico”, para violão solo. Sua obra buscou abranger a diversidade musical do Brasil, embora tenha transitado por diferentes movimentos estéticos do século 20.
“Ele aliou a criatividade com técnica fantástica, era um curioso pela música, e tudo isso ele me ensinou, foi o meu grande mentor”, diz João Guilherme Ripper, diretor da Sala Cecilia Meireles, local do velório do compositor.
Koellreuter e Copland
Nascido na cidade de Brusque, em Santa Catarina, em 1928, Krieger começou a tocar violino aos 7 anos, sob orientação do pai. Em 1943, se transferiu para o Rio de Janeiro, onde estudou no Conservatório Brasileiro de Música com H. J. Koellreuter.
Mais tarde, nos Estados Unidos, também estudou com Aaron Copland, um dos maiores nomes da história da música americana.
Krieger também foi importante gestor cultural. Dirigiu a Funarte, entre 1981 a 1998, e o Museu da Imagem do Som, de 2003 a 2006. Ele criou as Bienais da Música Brasileira Contemporânea e presidiu a Academia Brasileira de Música.
Casado com a jornalista e produtora Neném Krieger, Edino tinha três filhos: o instrumentista, cantor e humorista Edu Krieger, o guitarrista e compositor Fabiano Krieger e o pesquisador musical Fernando Krieger.