Tomando seu chimarrão na varanda de casa na Serra da Cantareira, em São Paulo, Almir Sater se preparava para voltar a Minas Gerais neste domingo (11/12), para cantar no Palácio das Artes. Já passou a agitação causada pelo remake da novela “Pantanal” (Globo), em que fez o papel do chalaneiro Eugênio, depois de viver o violeiro Trindade na versão original do folhetim, exibido pela extinta TV Manchete em 1990. Este papel, agora, coube a Gabriel, filho dele.
A defesa do Pantanal sempre foi bandeira de Almir Sater, dono da fazenda onde ocorreram as gravações da novela na década de 1990 e agora.
A cultura violeira e boiadeira, afirma o ator e músico, transcende fronteiras: está no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul, por exemplo.
“O que seria do violeiro se não fosse Minas?”, pergunta Sater. Rodas de viola, aliás, não faltaram no remake do folhetim pantaneiro, tendo à frente Almir, o filho Gabriel e o ator mineiro Guito, que deu vida ao peão Tibério.
Outro destaque foi o cantor e compositor Renato Teixeira, parceiro de Almir, que dividiu o personagem Quim com o filho Chico e viu a filha, Isabel Teixeira, brilhar como Maria Bruaca.
Aliás, Isabel e Almir soltaram a voz no clássico caipira “Meu primeiro amor”, da dupla Cascatinha e Inhana, por sugestão do próprio Renato.
Sater acredita que a nova “Pantanal” representou uma oportunidade para as pessoas revisitarem sua música ou, então, conhecerem seu trabalho. Neste domingo, “Um violeiro toca”, “Chalana” e “Trem do Pantanal” estarão no repertório, promete.
O show terá também canções de seu álbum mais recente, “Do amanhã nada sei”, disponível nas plataformas de streaming.
Almir Sater diz que seu trabalho tanto na música quanto na TV mexe com pessoas de todas as gerações. Conta que viu crianças e avós assistindo à novela com a mesma emoção. “É um show que mistura vários momentos da minha vida”, afirma o ator e músico, de 66 anos.
“Agora viajando o Brasil, percebo que muitas pessoas vêm (ao show) pela história do chalaneiro de 'Pantanal'. Novela praticamente te coloca na família das pessoas. É um contato diário que aproxima e cria intimidade. Gosto muito dessa relação. Quando mistura novela e música, então, é o céu”, finaliza.
ALMIR SATER E BANDA
Neste domingo (11/12), às 20h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Plateia 1: R$ 450 (inteira) e R$ 220 (meia). Plateia 2: R$ 320 (inteira) e R$ 160 (meia). Plateia superior: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia). Ingresso à venda na bilheteria da casa, das 17h às 20h, e no site Eventim.
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria