Jornal Estado de Minas

CINEMA

Amber Heard faz acordo com Johnny Depp


A atriz americana Amber Heard anunciou, nesta segunda-feira (19/12), que chegou a um acordo no caso bilionário por difamação movido contra ela por seu ex-marido, o ator Johnny Depp.

Heard, que fez o anúncio em publicação no Instagram, não divulgou os termos do acordo, que ocorreu depois de o júri no estado americano da Virgínia, nos Estados Unidos, ordenar que pagasse US$ 10 milhões a Depp.





A atriz, de 36 anos, disse que retiraria o recurso da indenização que foi condenada a pagar porque “simplesmente” não é capaz de passar por outro julgamento.

“Tomo essa decisão depois de perder a fé no sistema jurídico americano, onde meu testemunho público serviu como entretenimento e comentários nas mídias sociais”, alegou.

“Agora finalmente tenho a chance de sair de algo de que tentei sair há mais de seis anos e em condições que posso aceitar.”

A atriz havia apelado inicialmente do veredito de junho em um tribunal estadual em Fairfax, nos EUA, que a condenou a pagar US$ 10 milhões a Depp, que, por sua vez, teve de pagar US$ 2 milhões a ela.

A batalha legal surgiu da coluna publicada pelo The Washington Post em 2018, na qual Heard se descrevia como “figura pública que representa a violência doméstica”, sem citar o ex-marido.

Johnny Depp acusou a ex-mulher de destruir a reputação dele (foto: Kevin Dietsch/Getty/AFP/27/5/22)


Johnny Depp, de 59, alegou que o texto havia destruído sua reputação e carreira. Processou a ex-mulher por difamação, exigindo dela US$ 50 milhões.





No final do julgamento de seis semanas, o júri concluiu que os ex-cônjuges difamaram um ao outro, mas consideraram que os danos de Depp foram maiores.

Transmitido ao vivo pela televisão, o julgamento revelou intimidades do casal e foi acompanhado por milhões de telespectadores ao redor do mundo, provocando a explosão de mensagens hostis à atriz nas redes sociais.

Após o julgamento, os advogados de Amber Heard afirmaram que a atriz não tinha dinheiro para pagar os US$ 10 milhões.

“A vilanização que enfrentei nas redes sociais é a versão ampliada das formas como as mulheres são revitimizadas quando se apresentam”, disse ela.

“Mesmo que meu recurso fosse bem-sucedido, o melhor resultado seria um novo julgamento, no qual novo júri teria que considerar as evidências novamente. Eu simplesmente não posso passar por isso uma terceira vez”, acrescentou.