A atriz americana Amber Heard anunciou, nesta segunda-feira (19/12), que chegou a um acordo no caso bilionário por difamação movido contra ela por seu ex-marido, o ator Johnny Depp.
Leia Mais
Johnny Depp vence processo de difamação contra Amber HeardPor que Johnny Depp perdeu julgamento no Reino Unido, mas venceu nos EUAEm meio à briga judicial, Johnny Depp canta em show de rockJohnny Depp doa parte de indenização para proteção da AmazôniaAcusado de violência doméstica, Johnny Depp é recebido com palmas em CannesFestival de Cannes recebe Johnny Depp com salva de palmas e selfiesA atriz, de 36 anos, disse que retiraria o recurso da indenização que foi condenada a pagar porque “simplesmente” não é capaz de passar por outro julgamento.
“Tomo essa decisão depois de perder a fé no sistema jurídico americano, onde meu testemunho público serviu como entretenimento e comentários nas mídias sociais”, alegou.
“Agora finalmente tenho a chance de sair de algo de que tentei sair há mais de seis anos e em condições que posso aceitar.”
A atriz havia apelado inicialmente do veredito de junho em um tribunal estadual em Fairfax, nos EUA, que a condenou a pagar US$ 10 milhões a Depp, que, por sua vez, teve de pagar US$ 2 milhões a ela.
A batalha legal surgiu da coluna publicada pelo The Washington Post em 2018, na qual Heard se descrevia como “figura pública que representa a violência doméstica”, sem citar o ex-marido.
Johnny Depp, de 59, alegou que o texto havia destruído sua reputação e carreira. Processou a ex-mulher por difamação, exigindo dela US$ 50 milhões.
No final do julgamento de seis semanas, o júri concluiu que os ex-cônjuges difamaram um ao outro, mas consideraram que os danos de Depp foram maiores.
Transmitido ao vivo pela televisão, o julgamento revelou intimidades do casal e foi acompanhado por milhões de telespectadores ao redor do mundo, provocando a explosão de mensagens hostis à atriz nas redes sociais.
Após o julgamento, os advogados de Amber Heard afirmaram que a atriz não tinha dinheiro para pagar os US$ 10 milhões.
“A vilanização que enfrentei nas redes sociais é a versão ampliada das formas como as mulheres são revitimizadas quando se apresentam”, disse ela.
“Mesmo que meu recurso fosse bem-sucedido, o melhor resultado seria um novo julgamento, no qual novo júri teria que considerar as evidências novamente. Eu simplesmente não posso passar por isso uma terceira vez”, acrescentou.