O Brasil ficou, mais uma vez, de fora do Oscar de Melhor Filme Internacional. O mineiro “Marte Um” não entrou na lista de pré-selecionados, que anunciou nesta quarta (21/12) os 15 títulos que estarão na disputa pelas cinco vagas. No entanto, um curta nacional e uma produção Brasil/EUA/Dinamarca entraram em outras shortlists.
O curta-metragem de ficção "Sideral", de Carlos Segundo, passou para a próxima fase.
O documentário “O território”, dirigido pelo estadunidense Alex Pritz e coproduzido pelo povo indígena Uru-eu-wau-wau, de Rondônia, foi um dos 15 longas pré-selecionados em sua categoria. Em janeiro o filme havia sido premiado no Festival Sundance de Cinema nas categorias Prêmio Especial do Júri de Obra Documental e Prêmio do Público de Documentário do Cinema Mundial.
Produzido por Darren Aronofsky e Sigrid Dyekjaer, cineastas já indicados ao Oscar, o filme retrata a luta do povo Uru-eu-wau-wau contra o desmatamento de seu território, ameaçado por posseiros e agricultores pobres.
O filme traz o público de maneira profunda à comunidade Uru-eu-wau-wau e fornece acessos sem precedentes a posseiros que limpam ilegitimamente a terra e uma rede de agricultores que defendem o acesso para colonizar o território demarcado.
Parcialmente filmado pelo povo Uru-eu-wau-wau, o documentário foi realizado ao longo de três anos