Jornal Estado de Minas

Entrevista

Vencedora do "The Voice Brasil" fala de seus planos para o futuro

Vencedora da edição 2022 do reality musical "The Voice Brasil", da Rede Globo, a mineira Keilla Júnia considera a conquista não apenas um lugar onde almejasse chegar, mas sim a porta de entrada para a carreira musical. Na noite da última quinta-feira (29/12), ela deixou para trás os concorrentes Bell Lins, Juceir Jr. e Mila Santana, faturou o prêmio de R$ 500 mil, garantiu a sétima vitória do "técnico" Michel Teló e vai firmar contrato com a Universal Music.



Em entrevista ao "Estado de Minas", a cantora de 18 anos, natural da cidade de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, diz que o primeiro sentimento que a tomou assim que a apresentadora Fátima Bernardes anunciou seu nome como vencedora foi de gratidão. "Muita gente esteve comigo, me apoiando, torcendo por mim, e foi isso que me ajudou a chegar onde eu queria", pontua.

Ela destaca o papel dos pais em sua formação: "Minha mãe e meu pai sempre correram atrás de aperfeiçoamentos na música para mim. Então, a família tem sido a base de tudo, eles somaram muito para eu estar onde estou".

Apoio do técnico

Além da família, do namorado, dos amigos e conterrâneos, ela destaca o apoio de Teló, que a orientou e a incentivou durante todo seu percurso no programa. "Minha relação com ele foi muito boa. Teló é muito compreensivo, me colocava para cima, me elogiava. Ele me ajudou nas escolhas das músicas", diz.



Na finalíssima do "The Voice Brasil 2022", ela cantou "Como é grande o meu amor por você", de Roberto Carlos, e "I will always love you", de Whitney Houston, de quem já havia interpretado "I have nothing", na fase classificatória.

Quando fala em "chegar onde queria", Keilla se refere apenas a uma primeira etapa cumprida. "Meu projeto para o futuro, a partir dessa conquista, é investir cada vez mais na carreira musical. Quero crescer como artista e quero que minha música exploda nos quatro cantos do mundo", afirma.

Viver de música

Ela diz que o objetivo é poder viver de música, "mas sem tirar os pés do chão", o que significa continuar estudando e se aperfeiçoando. Há oito anos Keilla frequenta o curso de musicalização da Fundação Dirce Figueiredo, em sua cidade, e também fez seis meses de aulas de canto. "Foi algo que me ajudou a trabalhar a voz e progredir bastante. Na Fundação Dirce Figueiredo é mais aprofundado, a gente estuda instrumentos", diz.



Soltando a voz de forma espontânea desde os 3 anos de idade, ela conta que começou a se dedicar aos estudos de música aos 10 e tem como marco de estreia profissional um show que fez em praça pública, em Matozinhos, para um público estimado em 2 mil pessoas, quando tinha 13 anos.

"Foi uma apresentação de Natal. Eu já vinha estudando, mas ainda não tinha cantado para uma plateia grande. A partir dali comecei a ser chamada para cantar em casamentos e outros eventos do tipo. Daí não parei mais", recorda.

Cena gospel

De família religiosa, ela não hesita em dizer que seu estilo musical preferido é o gospel. As cantoras que cita como referenciais são todas do cenário da música cristã contemporânea brasileira: Fernanda Brum, Gabriela Rocha e Gabi Sampaio. Esse é o caminho que ela pretende seguir, segundo diz.



A final do "The Voice Brasil" foi ao vivo e teve a votação do público. Além dos concorrentes, os técnicos - Lulu Santos, Iza e Gaby Amarantos, além de Teló - também subiram ao palco para cantar. Houve, ainda, espaço para uma homenagem a Pelé no reality.

A população de Matozinhos acompanhou a disputa e vibrou com a vitória de Kelly. A cidade natal da jovem cantora montou um esquema especial para acompanhar o programa. A prefeitura levou um telão para a Praça do Rosário. Com acesso gratuito, a estrutura atraiu centenas de pessoas, que foram torcer pela vitória de Kelly e não se decepcionaram.