Para citar o Rei, serão “muitas emoções”. O público de Belo Horizonte verá neste 2023 um “show emblemático e simbólico”, conforme promete Samuel Rosa, de encerramento da carreira do Skank, no Mineirão.



Toninho Horta anuncia que fará apresentações “com repertório inusitado” e pretende deixar em “stand by” o seu lado “sideman”, assumindo o centro do palco. O Pato Fu dá a partida em sua nova turnê em março. E muito mais gente que está na estrada há muitos anos planeja prosseguir, com alegria renovada pelo encontro com o público, depois do parêntese imposto pela pandemia. A seguir, confira o que artistas da música planejam realizar neste ano que começa. 



“O Skank tem um desenho para 2023 e já tenho o meu particular. A banda cumprirá a promessa que fez quando anunciou a sua parada. Prometemos um ano de turnê de despedida e é o que estamos fazendo. Começamos em fevereiro de 2022 e estamos terminando agora, com o derradeiro show no Mineirão, no dia 26 março. A expectativa é imensa.

Não teria um lugar mais propício para esse encerramento de ciclo do que tocar na cidade que forjou a cena da qual o Skank nasceu, naquela virada dos anos 1980 para os 1990, 1991... Até brinco muito que os primeiros fãs em BH não são meramente fãs, são cúmplices, porque viram a trajetória da banda que ainda estava engatinhando. Começando nos pequenos palcos de BH até ganhar outros maiores e saindo para o Brasil. O show será emblemático e simbólico.



Não consigo vislumbrar em 2023 algo que seja mais marcante e importante do que isso. Contudo, tenho uma carreira para ser planejada, que vai se iniciar e de extrema importância para mim, mas não consigo ver algo mais simbólico e relevante do que este show, que será registrado. 
Rodamos o Brasil inteiro, praticamente duas vezes, porém ainda faltam algumas cidades.

Vamos repetir outras ainda em fevereiro, a exemplo de Brasília e Fortaleza, onde estivemos antes da pandemia. Voltaremos a São Paulo para uma temporada. Depois, quero dar uma descansadinha, porque terá sido uma turnê que, embora muito bonita, demandou muita energia. Quero voltar a compor e preparar material novo para a minha carreira solo, que deverá começar ou, pelo menos, ser planejada em 2023.”

Samuel Rosa, compositor e vocalista do Skank

Rogério Flausino prevê "um ano potente de alívio e esperança"

(foto: Harley Castro/divulgação)


“O ano promete ser bem legal para o Jota Quest. Na música, vamos lançar nosso 10º disco de estúdio, ainda no primeiro semestre. Nos shows, daremos continuidade à turnê de aniversário ‘Jota 25’, que passará por novas cidades e retornará a outras. No segundo semestre, a tour ganhará registro audiovisual, DVD. Marcamos nosso primeiro show do ano em Miami (EUA), na virada, junto com a Ivete Sangalo.”




Rogério Flausino, vocalista da banda Jota Quest


“Em dezembro, meu disco com Lula Galvão, ‘Voz e violão’, saiu pela gravadora Biscoito Fino. A partir de março de 2023, faremos quatro concertos homenageando Tom Jobim. Estarão comigo no palco Kenny Barron (piano), Ron Carter (baixo acústico) e Rafael Barata (bateria).”

Rosa Passos, cantora


“Finalmente tivemos um ano de trabalho em 2022, após os difíceis anos de pandemia. O recomeço foi positivo, pois, com o primeiro disco da trilogia ‘Paisagens sonoras’ já lançado, pude fazer muitos shows. Em 2023, pretendo retomar esse projeto com a gravação do volume 2, no qual quero privilegiar encontros com artistas e músicos que admiro.

Teremos também a continuidade do show ‘Encontro marcado’, com o grupo 14 Bis e Sá & Guarabyra. Começo a preparar o volume 3 do projeto “Paisagens”, que penso ser quase inteiramente instrumental. Na estrada, continuo percorrendo o país com o show ‘Girassol’ pelo menos até meados de 2023, quando entro com novo show. Tenho alguns convites e propostas para apresentações fora do Brasil.”





Flávio Venturini, cantor e compositor

Toninho Horta pretende gravar disco com clássicos do jazz

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press )


“Definidamente, tenho quatro prioridades a serem cumpridas profissionalmente em 2023. Estarei colocando a energia em meu próprio trabalho, deixando no stand by o meu lado sideman.

De imediato, vou finalizar a montagem da TH Academy e colocar on-line. No primeiro trimestre, vou terminar o disco ‘Standards and stories’, cantando clássicos do jazz em inglês. Durante o ano, realizarei shows com repertório inusitado, mas guardo os detalhes em segredo até a estreia.”

Toninho Horta, guitarrista, cantor e compositor


“Em 2023, o Pato Fu continua com a turnê dos 30 anos. Lançamos três canções inéditas no último trimestre de 2022 e lançaremos mais três no início de 2023. A turnê deve se iniciar em março. Quanto a mim, continuarei firme na minha pizzaria, em BH. Estamos projetando lançamento de um vinho da casa com a Vinícola Hélios, do Sul do país.”





Ricardo Koctus, baixista da banda Pato Fu


“Jota Quest, finalmente, vai lançar o álbum de inéditas que começamos a gravar antes da pandemia e atrasou. Depois do carnaval o lançaremos. Particularmente, continuarei apoiando novos artistas, principalmente mineiros, dando assessoria para otimizar os trabalhos perante a indústria pelo selo Black Sun.

A empresa de marketing place Brodr vai agregar novos artistas ao casting, trabalhando com NFTs, inclusive de experiências, incluindo o Jota Quest. Disponibilizaremos um percentual do arrecadado para instituições ligadas à cultura e ao apoio a artistas. Os NFTs envolverão credenciais e acessos à banda, audição de forma inédita, equipamentos e vários benefícios para quem comprá-los.”

Márcio Buzelin, tecladista do Jota Quest 


“Minha principal ideia para 2023 é fazer o grande encerramento do Skank, em março, no Mineirão. E também continuar realizando meus sonhos, encontrando com amigos, igual fiz em 2022, com Leoni, Frejat, Marcos Valle e a Solar Big Band. Acho que 2023 será um ano bastante promissor. Espero, de certa forma, retribuir um pouco de tudo o que a música me deu. Que 2023 seja um ano positivo depois de um 2022 de extremos.”





•  Henrique Portugal, tecladista do Skank


“Kleiton e eu estamos preparando álbum de inéditas para o segundo semestre e continuamos na estrada com nosso show, recuperando a alegria de cantar com o público, que também estava saudoso desde as restrições da pandemia.

Além dos shows de K&K, temos uma dezena de datas marcadas do nosso encontro com o MPB4. Também estamos preparando o lançamento do álbum ‘Casa Ramil’, que reúne os músicos da família: Kleiton, Kledir, Vitor, Ian, Gutcha, Thiago e João Ramil.”

Kledir Ramil, cantor e compositor

Mônica Salmaso pretende seguir com as apresentações ao lado de Chico Buarque na turnê "Que tal um samba?"

(foto:  Leo Aversa/divulgação)


“2023 será muito importante. Um ano de produção depois de tudo que vivemos. Por isso, um ano potente de alívio e esperança. Quero fazer muitos shows, quero estar com o público o máximo possível.



Seguir com a turnê com o Chico Buarque de Holanda, esse presente imenso, e viver no palco os trabalhos lançados nos últimos dois anos. E também conceber o próximo”.

Mônica Salmaso, cantora
 
 
“Tiro férias todo mês de janeiro. Isso é uma coisa que tenho comigo há muito tempo. Quanto aos projetos para 2023, a intenção é continuar a agenda, prosseguir com o show ‘Os amigos’. Fizemos cinco apresentações em 2022 e pretendemos continuar. Há também o show ‘História’, com o qual passamos por Belo Horizonte, Brasília e Goiânia.

Vamos dar continuidade a ele. Eu e meu irmão Zezé di Camargo não temos um projeto inédito de gravar disco ou DVD. Estamos perto de completar 35 anos de carreira, o que acontecerá daqui a dois anos. O Zezé vai continuar com o projeto solo dele, que está indo muito bem, graças a Deus.”

• Luciano Camargo, cantor da dupla Zezé di Camargo & Luciano

Wilson Lopes deve desacelerar a agenda de shows e "abraçar mais ainda a UFMG"

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press.)


“2022 foi muito pesado com o Milton Nascimento, pois fizemos duas turnês internacionais, uma na Europa e outra nos Estados Unidos. O repertório dos shows foi montado pelo Augusto, filho dele, com algumas sugestões minhas, porém os arranjos foram todos meus, assim como a direção musical. Fizemos muitos shows pelo Brasil também.



Então, fiquei um pouco cansado. Já estou há 30 anos com Milton, estradas, gravações, arranjos para orquestra e banda, além da minha atuação como violonista e guitarrista. Então, a primeira coisa que penso para 2023 é tirar o pé do acelerador, dar uma descansada. O Milton encerrou os shows, mas acredito que em 2023 devemos ter algumas coisas como gravações de programas de TV, áudios ou DVDs, algo assim. Coisas mais esporádicas, não tão intensas quanto as turnês.

Com o Milton sempre acontecerão muitas coisas. Penso em fazer coisas com alguns grupos particulares, mas nada muito acelerado, pensando mesmo em descanso de pelo menos um ano. Continuarei como professor de música na UFMG e seguirei nesse caminho. É uma área de que gosto muito. Devo abraçar mais ainda a UFMG.”

• Wilson Lopes, instrumentista e arranjador


“Temos algumas coisas muito especiais. A princípio, estamos fazendo uma remontagem de ‘Breu’, que seguirá em turnê europeia para Luxemburgo, França e Alemanha, do início de março a abril. É uma turnê de um mês. 



Recebemos também convite do maestro Gustavo Dudamel, regente da Orquestra Filarmônica de Los Angeles (EUA). Com a pandemia, a coisa ficou parada e tal, mas agora que as coisas estão voltando, ele reforçou. Então vamos fazer um trabalho com uma peça do Alberto Ginastera, compositor argentino, que se chama ‘Estância’, para apresentar em Los Angeles. Seria a Filarmônica de Los Angeles e o Grupo Corpo ao vivo para 18 mil pessoas. A apresentação será no dia 18 de julho. 

Depois a gente volta para cá com ‘Estância’, continuamos a fazer apresentações, logicamente, e teremos a nossa turnê nacional, que fazemos nos meses de agosto, setembro e outubro. Em novembro, estaremos viajando para uma turnê em Israel.”

• Rodrigo Pederneiras, coreógrafo do Grupo Corpo


“Vou fazer temporada em São Paulo do espetáculo 'Acredite, um espírito baixou em mim', em abril e maio deste ano. Em junho, faremos a peça nova, ‘Maio, antes que você esqueça', também na capital paulista. Depois vamos para o Rio de Janeiro, com as duas peças. No final do ano, vou estrear um espetáculo dirigido pelo Guilherme Leme, com texto de Renata Mizrahi."





• Maurício Canguçu, ator e diretor de teatro


“Tenho muito o que comemorar. Logo no início do ano, começo turnê por 13 cidades mineiras com o meu premiado espetáculo solo ‘Homem-Bomba’. Em maio, faço 12 sessões na celebrada sede da Cia. dos Atores, no Rio de Janeiro. Sou apresentador e já tenho vários eventos agendados, consolidando várias parcerias. Será um ano luminoso.”

• Luiz Arthur, ator, diretor e coordenador da Escola de Teatro PUC Minas


“Meu plano para 2023 é construir um novo espetáculo inspirado em tudo isso que temos passado nos últimos três anos, mas não no sentido de falar das dificuldades. Falar de superação, afetividade, falar de como a solidariedade e o amor entre as pessoas podem mudar a realidade. Vamos fazer turnê pelo interior de Minas com ‘Tecidos na pele’, construído para ser feito nas estações de metrô, mas agora vamos apresentá-lo no palco.

Em Congonhas do Campo, vamos fazer ‘Terreiro’, inspirado nas danças populares mineiras. A gente quer fazer nessa cidade, filmando-o. E também o ‘Sem lugar’, espetáculo em homenagem a Drummond, que é eterno. Também vamos dar continuidade ao Venha ser Meu Par, projeto para o qual estamos buscando parceiros. Esses parceiros colaboram com R$ 185 por mês e dão possibilidades a uma criança de se integrar melhor tanto na escola quanto no social, por meio do projeto de dança. Daremos continuidade também aos cursos da nossa escola.”





• Sueli Machado, coreógrafa do Grupo 1º Ato


“Em 2023, vai acontecer uma coisa extraordinária, que estamos planejando já há algum tempo. Será o lançamento do longa-metragem ‘Fernando Pacheco – Ateliê em movimento’, documentário com direção de Fernando Batista. A gente considera o filme nosso, porque ele é o diretor, mas eu, como protagonista, também participo com muitas ideias e locações.

Já são cerca de 10 anos que a gente o vem fazendo. Ele é feito pela Noir Filmes. Trata um pouco da minha vida e da minha trajetória artística, basicamente as exposições que fiz pelo mundo. Estou escrevendo o livro ‘Fernando Pacheco – Memórias de ateliê’, contando as passagens desde quando comecei, no início dos anos 1970, até os dias de hoje, que deverá ser lançado em 2023. Continuarei fazendo exposições individuais.”

• Fernando Pacheco, artista plástico


“Teve um tempo em que o presente do Papai Noel preenchia um ano inteiro. Hoje, o tempo ficou curto e os planos de longo alcance têm de ser mínimos. Nem por isso deixo de sonhar que o país reencontre sua cara, que a cara dos meus netos esteja bem junto da minha, que a cara do meu trabalho seja cada vez mais explícita, que a cara do vírus nos deixe em paz. E que meus olhos estejam cada vez mais atentos e afiados, não me permitindo enganar.”





• Miguel Gontijo, artista plástico


“Vou me apresentar em Berna, na Suíça, com o espetáculo ‘Francisco de Assis, do rio ao riso’. É a realização de um grande sonho. Não é a primeira vez, pois já me apresentei fora do Brasil. Estou muito feliz de poder levar essa mensagem de humor, amor e fraternidade para fora do país. Estou tentando levar esse espetáculo para a Itália, outro grande sonho. Espero que em 2023 a gente possa, pelo menos, sonhar mais alto do que sonhamos nos últimos tempos.”

• Carlos Nunes, comediante


“No primeiro semestre de 2023, pretendo voltar ao Teatro Marília com o espetáculo ‘Boa noite, Cinderela’. Outra expectativa é que o Fred Mairynk dirija uma novela, espero ser convidado para atuar nela. Mas a minha esperança maior é ter saúde e felicidade.”

• Amauri Reis, ator e diretor


“Espero que 2023 seja ano de colheita. O Tianastácia segue trabalhando firme, pois a banda não esmoreceu. A saída de Podé foi difícil, claro, mas são coisas que fogem da nossa responsabilidade, das nossas escolhas e, às vezes, é preciso perder um dedo para seguir com a mão.



A gente não desistiu, seguiu em frente e vem se reinventando, evoluindo, progredindo na nossa ideia de seguir com o projeto. Isso porque, realmente, não dá para deixar morrer um projeto como o Tianastácia. O Tianastácia segue gigante, um trem que não pode parar e que está pegando o embalo novamente.”

• Dudu Azevedo, ator e baterista da banda Tianastácia


“Já há alguns anos, meus planos são bem parecidos. Em 2023, pretendo continuar fazendo meus discos, pois isso é de suma importância para a minha carreira, para mim, para a minha mente.

É uma forma que tenho de escoar minhas criações e de juntar amigos e parceiros de diversos calibres, talentos e qualidades. Cantores como Seu Jorge, Sandra de Sá, Fernanda Takai e Oswaldo Montenegro, poetas, escritores e compositores maravilhosos, como Ronaldo Bastos e Saulo, entre tantos outros. Meu plano é continuar fazendo música.”





• Luiz Caldas, cantor e compositor


“Em 2023, estarei fazendo bastante o meu show ‘Samblues’. Pretendo levá-lo a muitos lugares. Também tem o meu bloco de carnaval, Tios, Bens e Tais, que, de certa forma, até se mistura com o ‘Samblues’. O bloco é mais uma festa e o outro é mais conceitual. Já tem bastante coisa pré-agendada, como o projeto com meu irmão Supla, Brothers of Brazil.”

• João Suplicy, cantor e compositor


“Torço para que 2023 seja um ano mais estável, do ponto de vista sanitário, e que a gente não tenha grandes restrições por causa da pandemia da COVID-19. Que novas questões sanitárias não nos aflijam tanto quanto essa nos afligiu nesses quase três anos.

Desejo retomar o projeto do meu álbum, a complementação e continuação do ‘Placebo’, meu primeiro disco solo, lançado em 2012. Lancei outros trabalhos de lá para cá, mas coletivos ou de circunstância, como foi o caso do ‘Ivone rara’, ‘Desengaiola’ e ‘Garimpo’.



Também vou seguir tanto com o show do ‘Desengaiola’, lançado em 2022 e indicado ao Grammy Latino como melhor disco de samba, e lançar o ‘Ivone rara’, homenagem a Dona Ivone, cujo lançamento será em janeiro, no Rio de Janeiro e seguirá em turnê pelo Brasil em 2023.”

• João Cavalcanti, cantor e compositor


“Tenho lindos planos pela frente. Recebi um convite do cineasta Roberto Mader (Condor), com quem conquistei o prêmio Kikito em 2007, em Gramado, para fazer a trilha do documentário sobre Frei Beto.

Iniciaremos um tributo com a harpista Cristina Braga à obra de John Coltrane e Alice Coltrane. Pretendo colocar nos palcos a minha trilogia de rock sinfônico Power Trio e Orquestra de Violoncelos, com a suíte para The Who (ópera-rock Tommy), Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Além disso, um tributo a Luiz Bonfá.”

• Victor Biglione, guitarrista e compositor

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