"Olho para trás, olho para a Ana Carvalho, e acho que ela não acreditaria no que a gente conseguiu"
Analu, cantora
Na cena majoritariamente ocupada por homens, a mineira Analu, de 22 anos, defende a versão feminina e empoderada do rap. Mesclando trap, R&B e letras pessoais, a cantora se prepara para entrar de vez nas playlists do público.
“Em algumas músicas de trap, a mulher é rebaixada em vários sentidos”, diz Analu, empenhada em desconstruir esta história. Em parceria com o cantor Neo e o rapper Narciso, ela trabalha em seu novo lançamento.“É um trap-R&B que se chama ‘Amor bandido’”, adianta.
“Mulher e homem têm o direito de fazer o que quiserem, sexo não influencia em nada. É a visão de amor do ponto de vista de uma mulher empoderada”, diz Analu sobre a nova canção, revelando que enfrenta discriminação no ambiente de trabalho. “Passo por várias e boas só por ser mulher”, diz.
Filha de cantor, a música esteve presente na vida dela desde sempre. Mas Analu explica que descobriu sozinha o caminho para sua própria voz. E ele passa por rap e rhytm and blues, o R&B, vertente da música negra americana.
Natural de Araxá, no Alto Paranaíba, a mineira deixou a cidade no início do ano passado para seguir a carreira artística. Depois de ganhar visibilidade ao participar do programa “The voice Brasil” (TV Globo), ela trocou Minas pelo Rio de Janeiro.
“A vida foi muito generosa comigo, colocou pessoas maravilhosas que me ajudaram nesse caminho”, afirma.
Orgulho da batalha
Analu faz shows na orla carioca para se sustentar. “É muito orgulho ver que estou há quase um ano no Rio de Janeiro e conquistei muita coisa. Olho para trás, olho para a Ana Carvalho, e acho que ela não acreditaria no que a gente conseguiu”, diz, referindo-se a seu nome de batismo.
Aos 20 anos, Analu participou do “The voice Brasil” pela primeira vez, mas foi obrigada a deixar o reality porque contraiu COVID-19.
Dois anos depois, voltou à atração devido à repescagem que contemplou antigos participantes. Estava “mais confiante e com um pouco mais de experiência”, diz.
Na primeira vez, era Ana Carvalho ali na tela do “The voice”. Em 2022, ela ressurgiu como Analu, nos palcos e na carreira.
“Meu nome sempre foi um 'enigma'. Desde criança, pensava em como seria meu nome artístico. Achei Analu, melhor opção até mesmo para meu estilo musical”, explica.
No “The voice”, a jovem mineira conviveu e pôde aprender com os jurados Iza, Lulu Santos, Carlinhos Brown, Gaby Amarantos e Michel Teló, estrelas da música brasileira.
Desde sua primeira apresentação no reality, Analu usou técnicas do R&B para interpretar outros gêneros. Exemplo disso é “Deixa acontecer”, do Grupo Revelação, que se transformou em canção pop na voz da mineira.
Vacilou, rodou
Analu já mandou para as plataformas de streaming o single “Se vacilar cê roda”, também disponível no canal da produtora Ecoando Música no YouTube.
“Meu ex-namorado me traiu, eu estava muito mal na época e quis transformar isso em música. Foi assim que esta canção nasceu”, diz ela.
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