João Dumans, realizador mineiro, de barba, óculos e camisa vinho, recebe troféu da Mostra de Tiradentes ao lado de mulher de camisa preta

João Dumans e a atriz Viviane Ferreira durante a premiação da Mostra de Tiradentes

Leo Lara/Universo Produção
O longa mineiro “As linhas da minha mão”, de João Dumans, é o grande vencedor da 26ª. Mostra de Cinema de Tiradentes. Ele venceu a Mostra Aurora, principal competitiva do evento, dedicado a primeiros trabalhos de realizadores. O anúncio dos premiados foi feito na noite de sábado (28/1) na cidade histórica.
 
O júri oficial do evento justificou a escolha em texto:  “Um cinema que convida a desenquadrar o sujeito para além de uma categoria, de conceito ou signos fechados. O quadro se torna a abertura de uma pessoa que a todo momento desafia a noção de bordas, expande limites e se prova uma fabuladora maior que a vida”.
 
“As linhas da minha mão” acompanha Viviane de Cássia Ferreira, atriz que fala sobre sua experiência com a arte e a loucura. Pelo segundo ano consecutivo, um longa de Minas Gerais vence a Mostra Aurora: em 2022 o vencedor foi “Sessão Bruta”, produção coletiva assinada por As Talavistas e ela.Ltda.
 
Outra produção mineira que saiu premiada de Tiradentes foi o curta “Nossa mãe era atriz” (MG), de André Novais Oliveira e Renato Novais Oliveira, da Filmes de Plástico, eleito o melhor pelo júri popular.
 
O Troféu Carlos Reichenbach, da Mostra Olhos Livres, foi para “O canto das Amapolas” (RJ), mais novo filme de Paula Gaitán. Na justificativa, o Júri Jovem, formado por estudantes, defendeu o trabalho do filme “que nasceu de uma necessidade bruta de se entregar ao mistério das imagens - não apenas uma fresta: abre todas as janelas que por tanto tempo sua mãe pedia para fechar”.
 
Na competitiva de curtas da Mostra Foco o vencedor foi “Remendo” (ES), de Roger Hill, que também levou o Prêmio Canal Brasil.
 
Premiados da Mostra de Tiradentes 
 
. Melhor curta da Mostra Foco: “Remendo” (ES), de Roger Hill
. Prêmio Canal Brasil de Curtas: “Remendo” (ES), direção de Roger Hill.
Prêmio Helena Ignez para destaque feminino: atriz Edna Maria, de “Cervejas no escuro” (PB)
. Melhor longa da Mostra Olhos Livres, Prêmio Carlos Reichenbach: “O canto das Amapolas” (RJ), de Paula Gaitán.
. Melhor longa da Mostra Aurora: “As linhas da minha mão” (MG), de João Dumans.
. Melhor longa pelo Júri Popular: “A filha do palhaço” (CE), de Pedro Diógenes
. Melhor curta pelo Júri Popular: “Nossa mãe era atriz” (MG), de André Novais Oliveira e Renato Novais Oliveira
. Prêmio O2 Play: “O estranho” (SP), de Flora Dias e Juruna Mallon.
. Prêmio DOT The End: “As muitas mortes de Antônio Parreiras” (RJ), de Lucas Parente
. Prêmio Festival de Málaga: “Idade da pedra” (SP), de Renan Rovida.