A história de Benito Mussolini, fundador de um movimento que tinha a violência como marca – o fascismo – estreia no Curta! nesta sexta-feira (10/2), às 22h. Em “Mussolini, o primeiro fascista”, documentário dividido em duas partes, o público conhece sua turbulenta e controversa trajetória, desde a juventude até ser assassinado e ter o corpo exposto em praça pública, em 1945. Na primeira parte do filme, dirigido por Serge de Sampigny, o jovem Mussolini, filho de um operário anarquista, parecia sustentar as mesmas ideias do pai, até lutar nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Para ele, aquela Itália não merecia o sacrifício dos mais de 600 mil mortos deixados pelo confronto. Apropriando-se do caos político e da crise econômica, também deixados pela guerra, ele cria o movimento fascista.
Mussolini consegue apoio popular e passa a liderar um grupo paramilitar composto por voluntários fanáticos, os Camisas Negras. Também conquista a elite industrial da época, que tinha medo da influência da Revolução Russa, ainda recente. Percebendo o poder da propaganda e dos meios de comunicação, consegue financiamento para seu jornal, Il Popolo d’Italia, no qual publica suas ideias ligadas a uma moral conservadora, ao anticomunismo e ao nacionalismo, sempre incentivando a perseguição aos inimigos.
Em 1924, assume o poder após uma série de intimidações, fraudes e demais violências — como o assassinato de um dos líderes do Partido Socialista — cometidas pelo Partido Fascista nas eleições daquele ano. Em 1935, invade a Abissínia – atual Etiópia –, promovendo um verdadeiro genocídio, rompendo com potências vizinhas que até então eram aliadas, como França e Inglaterra Aproxima-se da Alemanha de Hitler, com a qual, ao lado do Japão, iria compor o bloco conhecido como Eixo na Segunda Guerra Mundial que se avizinhava.