Vista noturna da região da Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte

O terraço do local permite uma visão geral do Centro de BH

Mira/Divulgação
Com entrada pela Rua Rio de Janeiro, o edifício Dona Júlia Nunes Guerra é o caçula entre os prédios localizados na Praça Sete, coração da região central de Belo Horizonte. Foi inaugurado em 1983 – seus 40 anos o fazem um jovem perto dos vizinhos Cine Theatro Brasil Vallourec (1932) e P7 Criativo (antigo Banco Mineiro de Produção, de 1953).
 
O 25º, último andar do prédio projetado pelo arquiteto Carlos Fernando de Moura Bicalho, torna-se oficialmente amanhã (10/2) o Mira!, que nasce com a proposta de ser um espaço cultural. A abertura será com festa – os ingressos estão esgotados.
 
A inauguração tem um caráter simbólico, já que depois do evento desta sexta o espaço começará a funcionar normalmente somente a partir de março.
 
 
Com cerca de 300 metros quadrados, o Mira! vai atuar entre os segmentos da música e da gastronomia, tanto com iniciativas próprias quanto de terceiros. “A ideia é ser um espaço plural, reunindo DJs, bandas, e também com a possibilidade de fazer eventos corporativos”, comenta Francis Dias, à frente do projeto.
 
Com vista de 360º, o terraço o imóvel estava fechado há um bom tempo. “E nunca tinha havido ali uma operação aberta ao público”, acrescenta. Tais eventos serão realizados durante a noite, a partir das quintas-feiras.
 
Fotografia noturna de BH com o pirulito da Praça Sete e, ao fundo, o edifício Dona Julia Nunes Guerra

Mira! está localizado no último andar do edifício Dona Julia Nunes Guerra

Mira/Divulgação
Durante o dia, de quinta a domingo, das 10h às 15h, o Zuzunely, cafeteria no bairro Serra, vai funcionar ali com uma filial. Comandada por Bruna Haddad, a cozinha do local vai oferecer lanches, cafés e sobremesas. Na parte da noite, quando houver festas, haverá pizzas. 
 
Francis Dias comenta que procurava há algum tempo um imóvel no Centro de BH que comportasse uma iniciativa diversa. A história do edifício se soma a muitas obras que circundam os prédios da região. Júlia Nunes Guerra foi uma portuguesa que chegou com o marido, Antônio Guerra, para morar em BH. 
 
No local do prédio erguido pelo empresário Agenor Nunes Guerra – que homenageou a mãe dando-lho o nome do edifício – funcionaram, no passado, a lanchonete Ted’s, a Bristol Calçados e a Livraria Rex. Uma das mais conceituadas livrarias de BH – teve como clientes o ex-presidente Juscelino Kubitschek, o ex-governador Milton Campos e o oftalmologista Hilton Rocha – foi destruída, no final dos anos 1970, por um incêndio.

 
MIRA!
Rua Rio de Janeiro, 600, 25º andar, Centro. Informações no Instagram