Nesta quinta-feira (9/3), estreia a série “Artes e cordas”, da Orquestra Sesiminas. O repertório terá peças de compositores do Brasil e da Argentina. O lado argentino será representado por Astor Piazzolla e Eduardo Alonso-Crespo; o brasileiro, por Heitor Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno.
Com direção artística do maestro Felipe Magalhães e solos dos irmãos Elias Barros (violino) e William Barros (clarineta), o concerto “Brasil e Argentina” promete um passeio entre o clássico e o moderno, às 20h30, Teatro Sesiminas.
'A experiência de uma orquestra tocando ao vivo é completamente diferente (daquela) do fone de ouvido. Na sala, o som vem de todos os lugares, você vê os movimentos do instrumentista, os gestos do maestro'
Felipe Magalhães, regente
Semelhanças
A “casadinha” entre os dois países deixa a rivalidade do futebol de lado para mostrar que brasileiros têm mais semelhanças do que imaginam com os hermanos. O maestro Felipe Magalhães diz que o público pode esperar um concerto bonito, com obras escolhidas para emocionar.“A 'Suíte antiga', de Alberto Nepomuceno, se baseia na música barroca para dar vazão ao romantismo típico do século 19, enquanto a 'Bachianas brasileiras nº 9', de Heitor Villa-Lobos, se inspira na arte de Bach e em elementos do folclore brasileiro para criar uma obra moderna e original”, comenta o maestro.
De acordo com ele, desde sua criação, em 1986, a Orquestra Sesiminas busca desmistificar a distância entre o público e a música clássica.
“As pessoas ainda não sabem o quanto é prazeroso e enriquecedor ouvir uma orquestra tocando. Quem vai pela primeira vez sempre acaba voltando”, afirma Felipe Magalhães.
A música clássica sempre fez parte da vida do maestro. O pai dele é o regente Max Magalhães (1953-2009). O aprendizado do menino começou aos 8 anos, com aulas de piano. Felipe assumiu a direção da Orquestra Sesiminas em 2020, após fazer pós-graduação em Paris.
Uma das estratégias do maestro para se aproximar do público é o diálogo com a plateia. Em meio à execução das peças, há comentários didáticos sobre a época em que cada uma foi composta, a relação entre elas e algumas curiosidades.
“A experiência de uma orquestra tocando ao vivo é completamente diferente (daquela) do fone de ouvido. Na sala, o som vem de todos os lugares, você vê os movimentos do instrumentista, os gestos do maestro. Tudo isso ajuda a ouvir e perceber a música”, observa.
Com quase quatro décadas de atuação, a Orquestra Sesiminas reúne 20 instrumentos de corda e transita por vários gêneros musicais.
A série “Artes e cordas” vai homenagear também o compositor Tchaikovsky (em 27/4), Milton Nascimento (19/5), Gal Costa (27/7) e maestro Carlos Eduardo Prates (26/10), entre outros concertos.
“ARTES E CORDAS”
Concerto “Brasil e Argentina”. Com Orquestra Sesiminas. Peças de Astor Piazzolla, Eduardo Alonso-Crespo, Heitor Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno. Nesta quinta-feira (9/3), às 20h30. Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia). R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). À venda na bilheteria e na plataforma Sympla (on-line).
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
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