Idris Elba de pé, na rua, com expressão séria, em cena de 'Luther: O cair da noite'

Idris Elba como Luther, personagem de série da BBC que migrou para o cinema

Netflix/Divulgação

De Sherlock Holmes a Lupin, os detetives da ficção têm espaço garantido nos catálogos de streaming mundo afora. Em "Luther", que durou cinco temporadas e acabou em 2019, o diferencial é que, em vez de sacadas mirabolantes, o personagem-título, vivido por Idris Elba, usava mais o físico que o intelecto – e ralava bastante em perseguições à la "Killing Eve".

Apesar de a série da BBC não estar mais disponível no Brasil, a plataforma Netflix resolveu dar sobrevida ao personagem, que estrela seu próprio longa-metragem na plataforma. "Luther: O cair da noite", que entrou no catálogo na última sexta-feira (10/3), não falha em fazer um caloroso aceno aos fãs "das antigas".

Para reviver a série, a produção conseguiu convencer Idris Elba a voltar ao papel de John Luther. Além dele, seu fiel escudeiro também foi recrutado: Dermot Crowley retorna na pele do oficial Martin Schenk. Para completar, o roteiro é assinado por Neil Cross, criador da trama original.
 
 

Com esses elementos alinhados, "Luther: O cair da noite" consegue entregar um filme digno até mesmo para quem nunca ouviu falar no detetive.
 

A trama começa com o desaparecimento de um jovem inocente em estrada nos arredores de Londres, quando Luther entra em ação e promete à mãe do rapaz que ele será encontrado.

O que o investigador não imaginava é que tal sumiço era apenas o começo de um plano de um rico gênio da tecnologia que enlouqueceu – David Robey (interpretado por Andy Serkis) – para provocar um verdadeiro caos na capital inglesa.
 
A fim de derrubar as estruturas de poder, ele chantageia pessoas on-line, sequestra jovens indefesos e promove jogos mentais que fazem populares se jogarem de prédios.

Vilão "arma" para Luther

Robey é tão poderoso, mas tão poderoso, que chega a incomodar. É graças a ele que Luther, o detetive respeitado, é incriminado e jogado atrás das grades – e não deixará isso quieto. 

A partir daí, sua vilania só se aprofunda, gerando as sensações mais aterrorizantes no espectador e rendendo um longa ágil e, sobretudo, assustador.

Mesmo com alguns entraves, o personagem-título sustenta a caçada ao vilão com maestria. 

No balanço final, "Luther: O cair da noite" garante entretenimento ao melhor estilo James Bond e, de quebra, entrega esperança de continuação para os fãs do seriado. Se você achar que é o suficiente para te prender por mais de duas horas na frente da televisão, vá em frente.