De volta a Belo Horizonte, Ivan Lins reúne sucessos no show “Quero falar de amor”, com o qual sobe ao palco do Palácio das Artes neste sábado (25/3) à noite. A obra do cantor e compositor carioca, de 77 anos, é tão vasta que ele precisou fazer uma espécie de sorteio para definir o repertório.
“Vou cantar várias músicas conhecidas do público, porém algumas com outra leitura”, avisa. Duas Ivan não revela de jeito nenhum, diz apenas que não foram compostas por ele.
“Quero que a plateia se surpreenda assim que começar a cantá-las, adianta. “Será uma noite inesquecível.”
A música que dá nome ao show fala de várias maneiras de amar. “Amor à pessoa amada, à família, ao país, ao meio ambiente. A intenção é passar mensagem mais positiva, de acordo com os tempos que começamos a viver agora, com mais esperança”, explica.
• Veja: Ivan Lins canta 'Novo tempo'
Fé, amor-próprio e esperança
Romântico assumido, diz que o amor tem várias facetas em sua obra. “Falar de amor é falar dos caminhos da fé, como em ‘Bandeira do Divino’; de esperança, como em ‘Depende de nós’; de amor-próprio, como em ‘Chega’; e de patriotismo, como em ‘Meu país’”. Ele compôs todas essas canções com Vitor Martins.
O repertório contará também com “Estrela guia”, outra com Vitor. “Fiz essa música para o Milton Nascimento”, diz. Já “Deixa eu dizer”, composta com Ronaldo Monteiro de Souza, surgiu em 1974, “por causa da censura à peça 'Opinião'”, explica. Duas do repertório de Elis Regina fazem parte da seleção: “Aos nossos filhos” e “Cartomante”, também de Ivan e Vitor Martins.
“O show está muito interessante e as músicas com arranjos bacanas, acho que o público vai adorar. Além do mais, os mineiros sempre me receberam muito bem, vou me sentir em casa.”
O cantor e compositor traz a BH a banda formada por companheiros de muitos anos: Marco Brito (teclados), Nema Antunes (baixo), Téo Lima (bateria), Mário Manga (guitarra e cello) e Marcelo Martins (sax e flauta).
Disco de inéditas vem aí
Ivan Lins está feliz em voltar a compor. “Com a pandemia, as coisas ficaram meio complicadas, porque começou a me dar depressão, ansiedade, e aí a inspiração foi embora. Mas agora não, estou compondo de novo. Está muito legal. Devo até lançar disco autoral no segundo semestre, apenas com inéditas”, anuncia.
Com mais de meio século de carreira, ele completa 78 anos em 16 de junho. Conta que está trabalhando muito e vai fazer três shows em São Paulo, o primeiro em 30 de março.
“Tem aparecido muita coisa, sobretudo para fora do Rio de Janeiro. Assim, vamos pelo Brasil”, diz.
O carioca despontou como talento da MPB nos anos 1970. Reconhecido internacionalmente, tem canções gravadas por Ella Fitzgerald (1917-1996), Sarah Vaughan (1924-1990), Michel Legrand (1932-2019), George Benson, Sting, Diana Krall e Quincy Jones, que se tornou um grande amigo dele.
Premiadíssimo, Ivan Lins, em 2005, tornou-se o primeiro brasileiro a vencer a categoria melhor álbum do ano do Grammy Latino, com o disco “Cantando histórias”.
“QUERO FALAR DE AMOR”
• Show de Ivan Lins e banda.
• Neste sábado (25/3), às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro).
• Inteira: R$ 300 (plateia 1), R$ 260 (plateia 2) e R$ 220 (plateia superior), com meia-entrada na forma da lei.
• Ingressos à venda na bilheteria e no site Eventim.
• Neste sábado (25/3), às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro).
• Inteira: R$ 300 (plateia 1), R$ 260 (plateia 2) e R$ 220 (plateia superior), com meia-entrada na forma da lei.
• Ingressos à venda na bilheteria e no site Eventim.
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