Após o final da apresentação, enquanto a banda e a cantora se despediam do público, Sigmund fez um gesto com a mão que normalmente é entendido como “OK”, mas que também representa um sinal bastante utilizado por supremacistas brancos.
Entre esses grupos, o gesto tem o significado de white power (poder branco). Os três dedos esticados para cima formam um “W”, em referência a white (branco), e o polegar junto com o indicador seria o “P”, de "power" (poder).
O momento foi compartilhado inicialmente pelo músico Peres Kenji, da banda brasileira Glória, que apontou que sua amiga, que viu o show ao vivo, ficou intrigada com o gesto feito pelo baterista.
Kenji também disse ter entrado no Instagram do baterista e encontrado uma arte postada por ele em 2017. No desenho, estão presentes diversos símbolos ligados ao nazismo e grupos supremacistas, como a suástica e o número 777 (associado a um movimento neonazista da África do Sul).
Aurora e baterista se pronunciaram
Após o caso ganhar repercussão, a cantora Aurora e o baterista Sigmund Vestrheim se pronunciaram a respeito das acusações feitas.
”Em primeiro lugar, é claro que eu não sou nazista. Meus valores são amor e entendimento e eu toco música para espalhar esses valores. No show da Aurora no Brasil eu fiz um símbolo que significa ‘perfeito’ ou ‘ótimo’. Eu não estava ciente sobre o que significava e que representava algo tão negativo. Eu peço desculpas que algumas pessoas não compreenderam e acharam isso ofensivo’, publicou o baterista em um story no Instagram.
Sigmund explicou também sobre o desenho com símbolos nazistas que estavam em seu perfil: ”Eu sempre desenhava coisas quando eu estava na escola. Eu desenhava todo tipo de coisa estúpida… algo que as crianças fazem.”
A cantora Aurora saiu em defesa do seu baterista em texto publicado nos stories do Instagram. A artista disse não apoiar nenhuma ideologia de extrema–direita e que “Sigmund não é um apoiador dessa ideologia maldosa e de direita. Os valores deles são, na verdade, o oposto”.