'Minha música não é banquinho e violão. 'Vamos ouvir música agora, sentadinhos?' Isso não. A minha música é anarquia'
Rogério Skylab, cantor e compositor
O cantor e compositor Rogério Skylab não é um artista para quem detesta palavrões. Tem versos explícitos para falar do corpo, um lirismo que por vezes se choca com o politicamente correto. Meio surrealista, diz que sempre se considerou “cadáver dentro da MPB”. Jô Soares (1938-2022) compreendia esse espírito transgressor. Convidou o carioca várias vezes para participar de seu talk show na Globo, chamando a atenção do Brasil para um artista fora dos padrões.
Ereção dá samba
'Através do lirismo, falo verdadeiras atrocidades. Essa junção fala muito da nossa sociedade, que é extremamente perversa, injusta, mas tem toda a aparência de beleza, de lirismo, de poesia'
Rogério Skylab, cantor e compositor
Do sofá do Jô para o Canal Brasil
No TikTok, vídeos com trechos de versos das músicas do carioca, alguns impublicáveis e tirados do contexto da canção, somam milhões de visualizações. Ele diz não se incomodar com o fato de conhecerem seu trabalho superficialmente, apenas por meio de pequenos fragmentos compartilhados na internet. Conta que até colabora para isso, postando trechos de até um minuto das canções em seus perfis.
Sem medo de virar meme
O 'cadáver' da MPB
'O corpo é uma coisa muito imediata e está além da ideologia. A música popular brasileira se esqueceu do corpo, no afã de lutar contra a ditadura. Até hoje, com o hip hop, é música muito ideológica, muito política. Sempre vivi incomodado com essa situação'
Rogério Skylab, cantor e compositor
'Estou entrando no TikTok, mas sempre frequentei assiduamente as redes sociais. Estou muito impressionado, porque tem um crescimento violento. Outro dia, entrei e tinha 10 seguidores, hoje estou com mais de 50 mil'
Rogério Skylab, cantor e compositor
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