Arrigo Barnabé abre, nesta quarta-feira (5/4), a nova temporada de “Cada voz”, série de entrevistas on-line conduzidas pelo fotógrafo Marcus Leoni, que captura o pensamento de artistas de diferentes vertentes da cultura.




 
No vídeo, o compositor conta curiosidades sobre seu maior sucesso, o álbum “Clara crocodilo”, de 1980, que significou uma ruptura com a música feita na época. Revela como sua mãe foi a responsável para que ele e os irmãos se interessassem pelo mundo artístico. Também explica o gatilho que despertou nele a vontade de ser compositor.

Arrigo Barnabé nasceu em Londrina, Paraná, em 1951. É compositor, instrumentista e cantor. Importante nome da vanguarda paulistana, funde ritmos eruditos com o rock e a MPB, entre outras referências, para criar uma obra inovadora e provocativa com toques de comicidade.
 
Sobre“Clara crocodilo”, disco que gravou com a banda Sabor de Veneno, explica por que o trabalho foi inovador. “Eu sabia que estava fazendo uma coisa inédita, completamente inventada”, declara. “Minha música não dependia da música popular brasileira. Ela era popular no sentido de que tinha um grau de redundância suficiente para as pessoas se identificarem com ela. Tinha temática que estava ligada com o cotidiano das pessoas, mas ela é completamente independente.”




 
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Duas inspirações

Barnabé revela que decidiu se dedicar ao ofício na primeira vez em que ouviu o compositor húngaro Bela Bartók. O mesmo aconteceu quando escutou “Acrilírico”, de Caetano Veloso. Percebeu que podia fazer aquilo também, ir mais para o abstrato. “Sabia que as pessoas não compreendiam direito, mas eu entendi perfeitamente, afirma.
 
A série “Cada voz” contará com cinco episódios disponíveis semanalmente, às quartas-feiras, no site da Enciclopédia Itaú Cultural (www.enciclopedia.itaucultural.org.br).
 
Os próximos artistas da programação são o ator e diretor Elias Andreato (12/4); a atriz, roteirista, dramaturga e diretora Renata Carvalho (19/4); Braz Chediak, diretor, roteirista, ator e escritor (26/4); e o ator, coreógrafo e diretor Ciro Barcelos (3/5).

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