CPM 22 no 200 Rock Fest

CPM 22 cantou sucessos como 'Regina let's go' e fez um dos shows mais animados do festival

Leandro Couri / EM / D.A Press

Foi como entrar em uma máquina do tempo. A primeira edição do 2000 Rock Fest aconteceu na Esplanada do Mineirão, nesse sábado (15/4). Ao todo, mais de 15 mil pessoas vibraram com os sucessos de Tianastácia, Fresno, Charlie Brown Jr., CPM 22, Di Ferrero, Pitty e Detonautas.


A banda mineira levou Digão, dos Raimundos, para abrir a festa. Eles tocaram sucessos como 'Cabrobó' e ‘Fora de controle’. A Fresno resgatou grandes sucessos da história de 24 anos da banda, como ‘Eu sei’ e ‘Desde quando você se foi’, animando os amantes da música emo.

 

Em um tributo a Chorão e Champignon, que morreram em 2013, o Charlie Brown Jr. fez jus à história da banda com um dos shows mais animados do festival. ‘Zoi de lula’ e ‘Tudo que ela gosta de escutar’ foram alguns dos sucessos que embalaram o público.


show da banda Charlie Brown Jr.

Mesmo sem dois ícones importantes, o cantor Chorão e o baixista Champingnon, falecidos há 10 anos, a banda Charlie Brown Jr. segue com os guitarristas originais da formação.

Leandro Couri / EM / D.A Press


Em seguida, foi a vez do CPM 22. Comandados por Badauí, a banda foi a que mais reuniu o público. Durante a apresentação, quase ninguém esteve nos bares ou nos espaços fora da área da palco. O grupo de São Paulo apresentou músicas como ‘Dias atrás’ e ‘Regina let’s go’.

guitarrista do CPM 22

Phil Fargnoli, guitarrista do CPM 22, subiu ao palco com a camisa do Atlético mineiro

Leandro Couri / EM / D.A Press

Em seu último show da carreira solo antes de voltar com o NX Zero, Di Ferrero trouxe hits da banda e emocionou a plateia com ‘Cedo ou tarde’ e ‘Além de mim’. 

Di Ferrero

Di Ferrero fez seu último show da carreira solo antes da volta do NX Zero, em BH

Leandro Couri / EM / D.A Press


Mas sem dúvidas Pitty foi a que mais agradou o público. Com sua nova turnê ‘ACNXX’, a baiana tocou na íntegra e na ordem o seu primeiro álbum, ‘Admirável chip novo’, lançado em 2023. Além de ‘Equalize’ e ‘Teto de vidro’, ela também mostrou toda sua habilidade ao cantar canções lado B e fazer um cover do Nirvana.

 

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Fechando a noite, Detonautas trouxe grandes músicas da carreira, como ‘O dia que não terminou’ e ‘Quando o sol se for’. O evento, que estava previsto para se encerrar às 22h30, se encerrou por mais alguns minutos. Por isso, parte do público já se encaminhou para a saída antes do fim da apresentação.

 

 

Evento aprovado

O estudante João Araújo foi um dos que aprovou a realização do evento. Especialmente na parte da organização. Mas, para ele, ainda existem alguns pontos para melhorar. “Poderia ter mais banheiros. Além disso, as comidas e bebidas vendidas no local estavam muito caras”, apontou. Para se ter uma ideia, uma garrafa de 500 ml de água estava sendo comercializada por R$ 8, uma lata de Coca-Cola custava R$ 10 e um hamburger era vendido por R$ 30. João também apontou que, na parte superior do backstage, o som apresentou algumas falhas. 


Já a publicitária Juliana Rezende, que estava na pista, resumiu o festival como perfeito. “Um dos melhores shows que eu fui no Mineirão. Achei só que os banheiros podiam estar mais organizados”, ponderou.


Para a especialista de Analytics Aline Gallantine, que viu o festival da pista premium, o evento superou as expectativas. “Eu gostei bastante do show e da estrutura. Reuniu várias bandas que eu ouvi na minha infância e adolescência e que eu achei que eu não veria ao vivo. Foi muito bom, principalmente o show da Pitty. Uma grata também foi o Charlie Brown Jr.. Eu não tive oportunidade de ver a formação original, mas o show de ontem foi à altura”, apontou. 


Já para o analista de infraestrutura Roger Teixeira, a performance no palco foi muito boa, mas o evento tem alguns pontos para melhorar. “Um ponto que poderia melhorar foi a parte infraestrutura, a parte das lojas, poderia ter mais brindes e ter mais agilidade no atendimento. Eu mesmo fiquei muito tempo na fila para pegar um copo e eles já tinham acabado. A parte de banheiro, de comprar bebidas e tal estava muito legal”, pontuou.

Jogo do Galo

Enquanto o 2000 Rock Fest rolava na Esplanada do Mineirão, dentro do estádio acontecia a partida entre Atlético e Vasco. Para evitar tumulto, o horário previsto para o término do festival era uma hora antes do fim da partida. 


Além disso, o acesso ao festival era pela Avenida Coronel Oscar Pascal, e os shows aconteceram na Esplanada Sul. Já a entrada dos torcedores foi feita exclusivamente pela Esplanada Norte, pelas avenidas Rei Pelé e Abraão Caram. O estacionamento para os atleticanos e vascaínos foi liberado somente no G1 coberto.


Apesar do temor das pessoas, o esquema deu certo e não houve nenhuma alteração, além das complicações normais de trânsito que ocorrem na região do estádio em dias de shows, como longas filas de carros, dificuldade de pegar táxis e carros de aplicativo e muitas pessoas aguardando nos pontos de ônibus.

 

Vale destacar também que assim como parte dos participantes do festival deixou o show mais cedo, alguns atleticanos decidiram ir mais cedo para a casa por conta do placar desfavorável, o que pode ter contribuído para o sucesso do esquema.