Com 28 anos de estrada, o CPM 22 sabe que fez parte da história de milhares de pessoas. Não é à toa que foi um dos shows mais concorridos do 2000 rock fest, nesse sábado (15/4), na Esplanada do Mineirão.





Lançado profissionalmente em 2001, o grupo celebra, hoje, um lugar de reconhecimento e sucesso. “Estamos fazendo tudo aquilo que a gente planejou em fazer, e um tipo de música que a gente ama tocar e ouvir, que é o punk rock, escolhendo os passos certos durante a carreira para que a gente pudesse chegar com essa marca com muito sucesso, sempre os shows cheios, a gente lotada. Eu sou um cara muito realizado tocando esse tipo de música no Brasil”, afirmou o vocalista da banda, Badauí.


O CPM lança em 2023 um novo álbum, buscando sempre se reinventar, apesar de já ter mais de 50 minutos apenas de grandes sucessos no currículo. Tanto que foi um dos shows mais animados do festival. 

Ligação com BH

Criada em Barueri, no interior de São Paulo, o CPM 22 tem uma ligação especial com Belo Horizonte e Minas Gerais. “Foi a primeira cidade fora do estado que a gente tocou em 2000. A gente tocou no Matriz, várias bandas tocaram lá”, revelou.


Para Badauí, é preciso criar mais espaços para o rock na capital. “É uma cidade que respira rock, que tem bandas daqui de metal, de bandas de rock mesmo. Importância não só pro CPM, mas ter um festival como esse aqui na cidade que tava precisando. Espero que cresça o festival e  que possa ter mais opções”, afirmou.





Existe espaço para o rock?

 

Apesar de o rock nacional ter perdido espaço nas paradas de sucesso, Badauí considera que o gênero continua relevante. “O público do rock tá ali, tem épocas de mais ou menos divulgação da mídia, aí a gente vê uma emissora que faz muita falta. Mas o público do rock vai atrás, pesquisa o que você está lançando, lota os shows. O rock sempre foi viver nas margens de outros estilos no Brasil, porque não é um estilo nascido aqui”, afirmou.


O vocalista também disse que não dá para comparar o cenário do rock com outros estilos. “O sertanejo já tem o seu lugar; o crescimento do pop, tem coisas muito interessantes dentro disso. Agora o trap também, né cara? Dá espaço para uma classe menos privilegiada, isso é importante também. O rock está aqui, vivo como sempre”, defendeu.


Badauí não descartou a possibilidade de, inclusive, lançar um feat que misture o rock do CPM com o trap. “Não posso te garantir nada, tenho vários amigos que cantam trap. pode ser que role, mas assim tem que ver, o refrão ali que caiba com o meu estilo, não pode ser uma coisa forçada, mas tudo é possível desde que faça sentido”, disse.

 

compartilhe