Chorão e Champignon foram os grandes homenageados do 200 Rock Fest, nesse sábado (15/4), na Esplanada do Mineirão. O Charlie Brown Jr. trouxe quase uma hora de show repleto de hits dos 30 anos de história da banda.
O guitarrista Marcão Britto destaca que a banda vem, cada vez mais, conquistando novos fãs. “É uma coisa que acontece de forma natural, a gente vê que tem muitas gerações novas aí que estão descobrindo o som da banda hoje de uma forma espontânea, e isso não tem preço. A música do Charlie Brown está viva, continua relevante, a gente sempre sente a mesma energia que a gente sentia no começo”, avaliou.
Mesmo uma década depois da perda dos amigos e companheiros de banda, o baterista Bruno Graveto afirma que a saudade ainda é muito grande, mas que estar nos palcos ajuda a amenizar o sentimento. “Eu acho que essa troca de energia com o público mata um pouco da nossa saudade que é eterna, nossa saudade do Chorão, nosso vocalista Chorão é eterno”, disse.
Da mesma forma, o guitarrista Thiago Castanho acredita que o show pode ser uma forma de levar a experiência do show com os colegas para quem não teve oportunidade de viver a experiência. “É curioso ver como cresce o público e como tá vivo ainda, né? A gente tenta fazer um pouquinho para quem não viu. Mesmo não tendo os irmãos Chorão e Champignon, a gente está lá”, disse,
Memórias com Charlie Brown Jr.
É difícil conhecer alguém que não tenha uma memória com pelo menos uma das músicas da banda Charlie Brown Jr. Até porque o grupo emplacou várias trilhas de novela, incluindo aberturas da novela teen da TV Globo Malhação. Thiago conta que esse movimento ajudou a popularizar o som do Charlie Brown.
“A gente foi trilha da ‘Malhação’ durante sete anos com a 'Te levar daqui', depois 'Lutar pelo que é meu' acho que uns dois três anos. a televisão tem uma força incrível. essa galera que viu ‘Malhação’ nessa época acabou crescendo junto com a banda e é meio nostálgica essa parada”, acredita.
Nascida em Santos, no litoral de São Paulo, a banda conseguiu transceder o regionalismo e conversar com brasileiros de todos os cantos. “A gente é meio folgado, tem aquele clima de praia ,aquela maresia que vem e tal, e a gente vai espalhar essa maresia por aí. É uma energia, uma vibe. A gente sente que a energia está presente em todas as músicas”, explicou Marcão.