Lizandra

Cantora mineira Lizandra lança EP 'Releituras' com grandes clássicos da música brasileira

Divulgação
O que “Coisas que eu sei” e “Não aprendi dizer adeus” têm em comum? As duas canções são grandes clássicos da música brasileira e estão no EP “Releituras”, da cantora mineira Lizandra, de 30 anos. Além dessas, outras quatro versões intimistas com mood pop leve e traços fortes da MPB estão presentes nesta regravação e trazem um clima de nostalgia e memórias afetivas a qualquer brasileiro.
 

A canção original conhecida na voz de Danni Carlos, “Coisas que eu sei”, é a música de trabalho do projeto. Lizandra compartilhou um trecho em seu Instagram e o vídeo viralizou, alcançando mais de 25 milhões de visualizações. Ao Estado de Minas, a cantora natural de Guimarânia, no Triângulo Mineiro, conta que este foi o “start” para a ideia do EP.

“Eu queria eternizar o um momento que estava vivendo e fez com que muita gente me conhecesse. Primeiro vieram as músicas que o pessoal mais tinha gostado e outras que mais tinham funcionado nos shows da turnê do ano passado, que quando eu tocava tinha uma energia diferente, as pessoas recebiam de um jeito muito bonito”, explica ela.

Além disso, o repertório também se conecta com suas raízes mineiras, como em “Não aprendi dizer adeus”, canção de Leandro & Leonardo. “Eu sou de uma cidade chamada Guimarânia, que não tem nem 10 mil habitantes. Então essa coisa da música sertaneja sempre foi muito forte, tenho muitas memórias de infância: roda de violão em família cantando esses sertanejos antigos”, relembra. 

“Isso fica muito vivo para mim e eu acho que traz uma nostalgia. Acho que é isso o que as pessoas sentem quando eu canto ao vivo, essa música é um dos pontos altos do show porque quando toca as pessoas têm uma energia muito diferente”, acrescenta.
 
 
Além de "Coisas que eu sei" e "Não aprendi dizer adeus", outros clássicos estão no EP, como "Por você" (Barão Vermelho, 1998), "Gostoso demais" (Maria Bethânia, 1987), "Vem meu amor" (Olodum, 1998) e "Onde Deus possa me ouvir" (Vander Lee, 2003). Ouça:
 
 
 

Encontro de gerações 

Segundo Lizandra, como cantora representante desta nova geração, é fundamental manter viva as grandes canções clássicas de músicos de outras épocas. “Conheci muita coisa por conta de versões. Eu sou muito fã da Ana Carolina e lembro que, por conta dela, conheci o Chico Cezar, tive mais contato com a obra do Chico Buarque", conta.
 
"Acho que é muito legal você trazer uma roupagem nova e reapresentar esses grandes artistas e clássicos da música para outras gerações. É fundamental ter esse intercâmbio, diálogo geracional entre os artistas para continuar mantendo viva grandes obras da nossa música”, ressalta.
 
 
Nesse sentido, ela também acredita que as redes sociais tem sido um grande instrumento de impulsionar os novos artistas para levar este trabalho ao público mais jovem. "O trabalho de qualquer artista depende de uma coisa: do público. Alguns nichos têm um público menor e outros maior", pontua.
 
Ela continua: "Aí cada um precisa decidir o que vai ser mais saudável porque ao mesmo tempo que é uma ferramenta muito maravilhosa, também é muito difícil de lidar várias vezes. Então vai até onde sua cabeça está bem para lidar com tudo isso."
 

Turnê

Além das interações nas redes sociais, Lizandra tem se encontrado com o público nas apresentações da turnê que tem feito pelo Brasil para apresentar o EP, iniciada em março. Com 10 das 19 datas já apresentadas, ela não esconde a satisfação de apresentar as regravações ao vivo. "Tem sido muito incrível, emocionante. É um show cheio de memórias afetivas e com um repertório que as pessoas cantam do início ao fim", diz.
 
As próximas datas serão em São Paulo (24/5), Cuiabá (25/5), São José dos Campos (26/5), Salvador (1/6), Fortaleza (2/6), São Luís do Maranhão (3/6), Maceió (4/6), Teresina (11/6) e Belo Horizonte (1/7).
 
 
Lizandra explica o que o público pode esperar da apresentação: "É um show que você vai sentir muita nostalgia, vai cantar comigo do início ao fim e a gente acaba criando também novas memórias afetivas com essas músicas. Tem momento triste, de dor de cotovelo, momento alegre. Acho que tem sido uma experiência muito legal, não dá nem para explicar direito. Eu canto MPB, Bossa Nova, música até do Zé Vaqueiro, axé, precisa sentir essa experiência comigo."