Um happening é um acontecimento. "E o mais bacana é que nunca se repete, é sempre a primeira vez", afirma Dudude Herrmann, que comanda uma trupe de artistas, "movedores", como ela chama, para dois encontros de improvisação, nesta terça (9/5) e quarta (10/5), a partir das 18h, no Teatro Marília.
Resultado da segunda edição do projeto LAB. In vento – Laboratório de Criação, realizado entre março e abril por Dudude, vai reunir uma dúzia de artistas de Belo Horizonte. Tem gente da música, das artes visuais, da palavra, da dança.
"O projeto tem o desejo de informar sobre a linguagem, abrir o caminho para o artista-criador. Atualmente, só trabalho com improvisação. E o que quero é passar minha experiência adquirida durante todo este tempo (sua carreira teve início na década de 1970) para artistas da dança e de outra linguagens", continua.
Pandemia
O LAB. In vento nasceu em 2020. Em plena pandemia, Dudude realizou uma edição virtual com artistas de BH – o resultado da primeira edição está disponível no canal Coisas de Dudude, no YouTube. Com a segunda edição, a história foi outra. Os encontros presenciais, quatro vezes por semana, foram realizados no Centro de Referência em Dança, criado em 2019, e localizado no subsolo do Marília.São eles Felipe Saldanha, Alisson Damasceno, Brisa Marques, Fernando Barcellos, Fê Costa, Samuel Samways, Lívia do Espírito Santos, Morgana Mafra, Rodrigo Khan, Renata Fernandes, Luciana Lanza e Nath Cavicchioli. Todos foram selecionados via convocatória.
"Já temos um mapa de ocupação do espaço e das ações. Como cada um vai desenhar e tomar esse espaço, será uma questão da prontidão e da escolha de cada. Todos os artistas participaram de treino físico, têm seu próprio lugar do mover. Agora, para este final, haverá uma pequena diferenciação para quem é da música, das artes visuais... Mas a linguagem da improvisação é comum a todos", acrescenta Dudude.
'A ideia é de que o espectador seja como o que vai numa galeria de arte, num parque: ele entra e sai na hora que quiser. Vamos continuar fazendo, mesmo que o público seja passante'
Dudude Herrmann, artista da dança
Pioneirismo
O happening vai durar quatro horas em cada dia. "A ideia é de que o espectador seja como o que vai numa galeria de arte, num parque: ele entra e sai na hora que quiser. Vamos continuar fazendo, mesmo que o público seja passante."Dudude integrou o Grupo Transforma, coletivo de dança que marcou BH nos anos 1970 e foi o propulsor de vários artistas e grupos. Estudou e trabalho com nomes como Marilene Martins e Klauss Vianna, e se tornou uma das pioneiras no país a utilizar a linguagem da improvisação na dança.
As ações e jogos de improviso vão acontecer nas dependências do Marília. Dudude, que começou sua trajetória mais de 40 anos atrás no mesmo teatro, estará presente em tudo. Mas desta vez, ela diz, "só nas bordas".
LAB. IN VENTO – LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO
Happening sob o comando de Dudude Herrmann. Nestas terça (9/5) e quarta (10/5), das 18h às 22h, no Teatro Marília (Avenida Alfredo Balena, 586 – Santa Efigênia). Entrada franca.
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