Ao longo de sua vida e sua trajetória artística, a cantora, compositora e escritora Rita Lee, que morreu nessa segunda-feira (8/5), aos 75 anos, nutria “fascínio por canhotos”, como ela destaca no livro “Rita Lee: uma autobiografia” (2016, Globo Livros, 296 páginas). E dentre seus favoritos neste “quesito” estava o ator norte-americano James Dean (1931-1955), a quem ela admitia ser capaz até de “beber o xixi”.
“O rapto da minha alma por James Dean se deu quando o encontrei num sonho dias depois de sua morte. Eu tinha oito anos. Meu inconsciente se atirou de joelhos beijando-lhe os pés com prazer inenarrável. Acordei, e a epifania estava feita”, relata ela.
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Rita ressalta ainda no livro que ela e a irmã Virgínia digladiavam “pelo mesmo ídolo” e passavam a “colecionar tudo o que saía sobre ele no Brasil”. “Quem nos salvava era uma prima americana e também fã que nos mandava semanalmente pérolas tipo ‘nunca antes nêztepaíz’, como, por exemplo, a ficha de inscrição para fazermos parte do fã-clube das Viúvas de James Dean. (...) Que eu saiba, somos suas únicas duas viúvas brasileiras”, diz.
E destaca: “Se nos anos 1960 cheguei a lamber a maçaneta onde os Beatles puseram a mão, hoje eu ainda não hesitaria em beber o xixi de James Dean, ídolo maior, santo pecador favorito, anjo da vanguarda roquenrou”.
Morte de Rita Lee
Rita Lee morreu nessa segunda-feira (8/5), aos 75 anos, na casa dela, em São Paulo.
O velório será aberto ao público no Planetário do Parque Ibirapuera, nesta quarta (10/5), das 10h às 17h.
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