Embora seja conhecido do grande público pelo hit pop “O sol”, Vitor Kley tem outra faceta, que costuma mostrar nos shows: a de roqueiro. “Eu e os guris da banda gostamos muito de rock. Então, a gente tenta botar um pouquinho dele nos shows para deixar a coisa mais visceral”, diz o cantor.
É essa visceralidade que ele pretende mostrar no Festival Sátira, neste sábado (13/5). Ao lado de Samuel Rosa, com quem gravou o single “A tal canção para a lua”, Vítor é a principal atração do evento realizado na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima.
Acompanham o gaúcho os músicos Gabriel Círico (bateria), Heitor Dias (guitarra) e Léo Beltrão (contrabaixo). Vítor vai tocar, claro, seu hit de maior sucesso, mas também as canções que integram o álbum “A bolha”, lançado em 2020. As faixas desse projeto guiam a apresentação.
“A gente faz este show há alguns anos. Mantemos, porque penso que a apresentação fica boa mesmo depois que você repete algumas vezes. Logo que tu sai em turnê, ficam detalhes para acertar em relação à luz e ao som. E ainda tem aquela coisa de tu estar mentalmente com o show bem encaixado na tua cabeça”, explica Vitor.
Banda entrosada
Com detalhes acertados e o entrosamento de anos com a banda, Vitor pretende fazer do palco a extensão do ambiente de ensaio com os “dogs”, nome dado carinhosamente por ele aos companheiros.
“A gente quer, claro, tocar nossas canções. Mas, principalmente, fazer o pessoal se divertir. Com isso, a gente se diverte também”, reforça.
Nesse clima de diversão, Heitor faz solos de guitarra na hora e Círico improvisa na bateria. “O Gabriel é uma estrela, toca demais. Ele faz uns solos de bateria que deixam a galera impressionada e falando: ‘Caraca, é ao vivão mesmo!'”.
A experimentação que ele propõe aos músicos não o intimida. Mesmo que, porventura, ocorra algum erro, mantém a serenidade e a calma, garantindo que falhas fazem parte de seu processo de sua evolução como músico e ser humano.
Aliás, as letras de “Ponto de paz” e “A bolha” trazem o que ele experimentou na prática. “Sempre falo: quem quer escrever tem de viver. Para mim, viver é sair, viajar, ser livre, aproveitar e conhecer pessoas diferentes. E também os próprios perrengues que tu passa. Tudo isso serve como inspiração para a poesia”, afirma.
É isso que Vitor vê nas letras de Djavan, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Lenine, Armandinho e Samuel Rosa, compositores que ele tem como referência.
“Via as letras das músicas desses caras e pensava: ‘Caraca, como é que pode escrever assim?’ As sacadas inteligentes me inspiram a evoluir como letrista”, ressalta.
Nos próximos meses, Vitor promete lançar em formato físico e nas plataformas digitais o DVD do show “A bolha”, gravado em São Paulo.
FESTIVAL SÁTIRA
Shows de Samuel Rosa e Vitor Kley. Neste sábado (13/5), das 12h às 23h, na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima. Ingressos: R$ 280 (pista/inteira) e R$ 800 (front stage/inteira), pelo site eventos.gofree.co/festivalsatira/. Meia-entrada na forma da lei. Meia social mediante doação de 1kg de alimento não perecível. Informações: @festivalsatira (Instagram).
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