O padre Julio Lancellotti revelou neste domingo (14/5), no encerramento de uma missa na capela São Judas, em São Paulo, que a cantora Rita Lee doava peças de seu guarda-roupa para serem entregues a moradores de rua.

 

"Eu nunca disse isso enquanto ela estava viva, mas ela mandava muitas roupas", disse o religioso. "Eles ficavam encantados de receber as roupas da Rita Lee. Todo mundo queria as roupas da Rita Lee".





 

O padre afirmou que a artista, morta na segunda-feira (8) aos 75 anos, era uma amiga querida. Ele agradeceu as doações e afirmou que ela agora está cantando rock no céu, com os anjos.

 

Segundo o religioso, as roupas doadas eram coloridas, cheias de brilhos, espelhos e com cortes especiais. "Quando eles viam as roupas da Rita Lee, os olhos cresciam", brincou sobre as pessoas que as recebiam.

 

 

 

 

Conhecido pelas ações sociais com moradores de rua, padre Julio chegou a ouvir a sugestão de fazer um leilão com os figurinos, mas não aceitou a dica alegando que não foi para isso que ela doou. "Ela mandou para dar para os irmãos de rua. E foi isso que foi feito".

 

Após a revelação, a missa foi encerrada com a canção "Meu Bom José", gravada por Rita no início da carreira, na década de 1970.

 

Com seu estilo original, a cantora influenciou a moda no país nas últimas seis décadas, como analisou a jornalista e consultora criativa Erika Palomino.





 

 

 

 

Couro, leggings, coletes, botas de plataforma, tecidos sintéticos, macacão, fraque e óculos de lentes coloridas faziam parte do figurino icônico.

 

Em entrevista ao Fantástico (Globo), o músico Roberto de Carvalho contou que Rita não queria partir. 'Eu quero trocar de lugar com você, porque você tem muito mais coisa para fazer do que eu", ele dizia para a mulher.

 

Segundo Roberto, os momentos finais da artista foram leves. Os familiares montaram uma estrutura de hospital no apartamento do casal. "Na última fase, ela parecia uma criancinha, um passarinho. E foi parando. Em paz".

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