Rita Lee morreu no dia 8 de maio, em casa e “cercada de todo amor de sua família, como sempre desejou”. O comunicado foi divulgado nas redes sociais da cantora no dia seguinte, junto à data do velório, que foi realizado na última quarta-feira (10/5), no Planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo.
A “rainha do rock”, ou “padroeira da liberdade” como preferia ser chamada, foi diagnosticada com câncer no pulmão em 2021.
Em um trecho do livro “Rita Lee: uma autobiografia” (2016), a cantora fez uma profecia sobre a repercussão de sua morte.
Ela diz: “Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVS já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair", disse.
E continuou: "Nas redes sociais, alguns dirão: ‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. (...) Epitáfio: Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.”