Princesa Zelda empunhando a Master Sword

O recente título da franquia Zelda tem um grande legado em sua bagagem e também traz variedade para as fórmulas da franquia

Reprodução / Nintendo of Americas
“The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom” foi lançado na sexta-feira (12/5) e já apresenta um número expressivo de vendas. Por meio de seu perfil oficial no Twitter, a divisão americana da Nintendo divulgou que o jogo teve 10 milhões de cópias vendidas globalmente nos três primeiros dias de venda, sendo recordista da franquia no índice de maiores compras perto do lançamento.

O novo Zelda tem um grande legado em sua bagagem e também traz variedade para as fórmulas da franquia. O Estado de Minas teve a oportunidade de jogar o novo título e, por meio de suas impressões iniciais, explica um pouco sobre a popularidade conquistada. 


“Tears of the Kingdom” recompensa a experimentação dos jogadores de maneira única nos jogos, por meio das limitações e liberdades que ele concede. Para maior compreensão da audiência brasileira, a sensação pode ser comparada com o desenvolver de uma ‘gambiarra’ – uma solução improvisada com os escassos recursos à sua volta. Essa liberdade na construção é possível graças aos novos poderes do protagonista Link, principalmente “Ultrahand”, que permite construir engenhocas, e “Fuse” que mistura materiais e ferramentas. A criatividade também está presente nos limites que o jogo traz: os poderes não são inerentemente fortes, cabe ao jogador encontrar meios de potencializá-los.


Por vezes, há a sensação de impotência durante algum quebra-cabeças ou locomoção pelo mapa que se soluciona na medida que o jogador encontra uma madeira, por exemplo, que se une a outros recursos para gerar várias soluções, liberando mais espaços de exploração, novos recursos, poderes, sistemas e mais conteúdo de maneira geral.

O jogo se passa no mesmo mapa de seu antecessor, “The Legend of Zelda: Breath of the Wild”, com um intervalo pequeno entre eventos dos dois títulos. Na primeira instância, ter uma ideia geral da geografia da região por meio de experiências anteriores pode ser um detrimento para a exploração, mas isso é remediado pelas modificações no mapa que a catástrofe causada pelo renascimento de Ganondorf gerou. Além disso, as profundezas e ilhas celestes são duas extensões do mapa que adicionam maior verticalidade para a exploração.

As profundezas são perigosas, principalmente no começo da aventura, capazes de gerar sensações de apreensão pelo desconhecido. A navegação pelo espaço escuro é desafiadora e recompensadora, com a oportunidade de adquirir mais minérios, descobrir estruturas antigas, um vilão recorrente e plantas que só crescem naquele ambiente. A parte superior do mapa também traz muitas recompensas e tem masmorras especiais. 
 
As masmorras principais de “Tears of the Kingdom” e seus respectivos chefes são um grande destaque em relação ao seu antecessor. Os ‘templos’ são muito dinâmicos, com temáticas especiais e mecanismos que interagem com poderes de companheiros de Link. Os Chefes voltaram a ser criaturas desconhecidas, de comportamento único e com batalhas memoráveis. Também há reencontros significativos com personagens de “Breath of the Wild” 

Em termos de jogabilidade e ambientação, “Tears of the Kingdom” é uma experiência rica que consegue unir respeito ao legado da franquia com inovação, liberdade e criatividade. É uma boa indicação tanto para fãs recorrentes da franquia quanto para aqueles que nunca jogaram Zelda e querem explorar um novo mundo fantasioso e desafiador.

* Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata