Sucesso nos anos 2000, a banda NX Zero interrompe agora o hiato de quase seis anos, anunciando 22 shows por todo o Brasil. O quinteto iniciou a turnê “Cedo ou tarde” em 28 de maio no Festival Mita, no Rio de Janeiro.
Os shows chegam a 16 capitais trazendo clássicos do grupo. Com novas propostas tecnológicas e de interação com o público, a banda desembarcará em Belo Horizonte em 14 de julho, para cantar no Expominas. A turnê se encerra em 16 de dezembro, no Allianz Parque, em São Paulo.
Os músicos comentam a euforia dos fãs com a volta do grupo, manifestada nas redes sociais. “Estamos na mesma sintonia dos fãs. O anúncio da tour foi como a comemoração da Copa do Mundo. O último show é a vitória”, comenta o baixista Caco Grandino.
Saideira tour
O último show do NX Zero ocorreu em dezembro de 2017, na “Saideira tour”. A pausa foi decisão conjunta e sem desentendimentos, garantem os roqueiros. Agora mais velhos e maduros, eles admitem que a saudade de subir ao palco foi determinante para a volta.
“Sabíamos que a tour ia acontecer cedo ou tarde, precisávamos da pausa e agora estamos conscientes e seguros sobre o que fazer”, afirma Grandino. O baterista Daniel Weksler ressalta: “Estamos fazendo o que gostamos, vivendo da nossa verdade. O NX é maior do que a gente, por isso vamos nos doar mil por cento”.
Com 36 e 37 anos, respectivamente, a dupla retoma a vida agitada que mantinha desde 2006, quando a banda virou fenômeno com a música “Razões e emoções”, lançada no álbum homônimo.
“Estamos renovados e melhores, é uma fase leve e bem resolvida”, afirma o vocalista Di Ferrero.
Na ânsia de conhecer os novos rostos que não tiveram a oportunidade de vê-los no palco, Di Ferrero, Gee Rocha, Caco Grandino, Daniel Weksler e Fi Ricardo fazem parte da onda de nostalgia e saudosismo vivida na cena internacional do rock.
Paramore e Blink-182 são exemplos de bandas que retomaram as atividades nos últimos anos. Ficaram famosas pelos fãs “emos”, com cabelos grandes e jogados pelo rosto, piercings, roupas escuras e amor por rock.
Integrantes do NX Zero, na década de 2000, também embarcaram nessa onda. Acumulavam capas de revistas, clipes na MTV e fãs-clubes.
Com a adesão ao rock por parte de Demi Lovato e Miley Cyrus, entre outros artistas contemporâneos, o ritmo se popularizou novamente. Surgiram assim novos fãs do NX Zero, mesmo durante a pausa, acreditam os integrantes do grupo.
Di Ferrero comenta a sensação de que a banda não parou no tempo. “Existem pessoas que conheceram o NX Zero durante nosso hiato, é incrível”, afirma. “Extrapolamos gerações”, diz Daniel Weksler. “Quero ver o pessoal novo e o antigo, que sempre nos apoiou. Vão ser os shows da nossa vida”, afirma Di Ferrero.
“O emo foi uma linguagem dentro do rock que quebrou paradigmas. Hoje em dia, avançamos muito na discussão das pautas sociais, falamos sobre sentimentos, sobre coisas que as pessoas antes consideravam frescura”, observa o cantor. “Isso é muito importante e conquista as pessoas.”
Batata frita em BH
Belo Horizonte marcou momentos especiais na trajetória da banda. A capital mineira recebeu um dos últimos shows da “Saideira tour”, em 16 de dezembro de 2017.
Di Ferrero se lembra da primeira vez do grupo em BH: “Tocamos numa espécie de galeria. Não tinha muita gente, umas 10 ou 15 pessoas. Metade do cachê foi revertido em cerveja e batata frita”. Entre risadas, Gee e Daniel completam: “Foi irado”.
“Fizemos vários (festivais) Pop Rock em BH, temos histórias maravilhosas aí, é uma cidade muito gostosa”, diz Daniel. Gee revela a vontade de conhecer um dos novos points da capital. “Vamos dar uma passada no Mercado Novo”, planeja.
Com ingressos esgotados em Porto Alegre (22/6), Curitiba (30/6) e Ribeirão Preto (15/7), o quinteto garante que estas não serão as últimas apresentações da banda. “Nunca é um adeus, o NX nunca vai acabar. É eterno enquanto durar”, afirma Daniel. “Nos reunimos porque nos amamos, gostamos de tocar juntos. Não é o fim”, garante Caco.
NX ZERO
• Turnê “Cedo ou tarde”
• Em 14 de julho, no Expominas (Avenida Amazonas, 6.200, Gameleira)
• Ingressos a partir de R$ 50 no site Eventim
• Informações: (31) 3332-2744
• Ingressos a partir de R$ 50 no site Eventim
• Informações: (31) 3332-2744
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria