Os maestros Wassi Carneiro, Felipe Oliveira, Fabricia Medeiros e Matheus Carneiro, de pé, no hall da Sala Minas Gerais

Wassi Carneiro (SP), Felipe Oliveira (SP), Fabricia Medeiros (RN) e Matheus Carneiro (SP) foram os selecionados na edição 2023 do programa de aperfeiçoamento profissional da Filarmônica de MG

Vinícius Correia/Divulgação

Já em 2009, seu segundo ano de atuação, a Filarmônica de Minas Gerais deu início a uma das iniciativas que compõem seu programa educacional. O Laboratório de Regência, imersão dedicada a jovens maestros que conduzem a orquestra durante alguns dias, chega à sua 14ª edição.

Nesta quarta-feira (7/6), quatro maestros se revezam no pódio do titular Fabio Mechetti para reger a Sinfonia nº 6 em si menor, op. 74, "Patética" (1893), de Tchaikovsky. O concerto, com entrada franca, será na Sala Minas Gerais.

Os maestros são a potiguar Fabrícia Medeiros, atual assistente da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, e os paulistas Matheus Carneiro, titular do São Caetano Brass Ensemble, Felipe Oliveira, diretor artístico e regente da Orquestra Filarmônica de Patos de Minas, e Wassi Carneiro, que vem se dedicando à regência, depois de 25 anos atuando como violinista.

Nos últimos dias, o quarteto trabalhou com a Filarmônica, sob a condução de Mechetti. "Tanto este programa quanto o Tinta Fresca (dedicado à composição) nasceram para suprir a deficiência de oportunidades para compositores e regentes no Brasil. Ele tem evoluído nestes 14 anos, quando foram identificados vários jovens. Alguns deles foram assistentes (da Filarmônica). O José Soares (atual regente associado da orquestra) também participou do laboratório (na edição de 2017)", comenta o Mechetti.
 

Maestros ouvintes

O maestro e diretor artístico da Filarmônica ressalta que a iniciativa não é um curso de regência, pois não tem longo prazo. "Estamos mais focados na execução do concerto, tratamos de questões mais práticas."  Além dos quatro regentes selecionados, o Laboratório também abre espaço para 15 maestros ouvintes. 

A "Patética" foi a sexta e última sinfonia composta por Tchaikovsky, que regeu sua estreia em 28 de outubro de 1893, em São Petersburgo. Nove dias depois, ele morreu, aos 53. Cento e trinta anos mais tarde, sua morte ainda é alvo de controvérsia. Há quem defenda a cólera como causa mortis. Outra corrente fala em suicídio. O compositor teria sido induzido a se matar, com receio de que  seu romance com um jovem viesse a público.

Com quatro movimentos, a estreia da "Sexta Sinfonia" foi muito aquém do esperado. Tchaikovsky, que a dedicou ao sobrinho, Vladimir Bob Davydov, não se deteve frente à fraca repercussão da plateia. “Considero esta sinfonia a melhor de todas as obras que escrevi. Em todo caso, é a mais sincera. E eu a amo como jamais amei qualquer de minhas partituras.”

14º LABORATÓRIO DE REGÊNCIA

• Concerto de encerramento do programa
• Nesta quarta (7/6), às 20h30, na Sala Minas Gerais, Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto
• Entrada franca. Ingressos devem ser retirados no site filarmonica.art.br (dois por pessoa)
• A apresentação será transmitida ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela rádio MEC FM 87,1
Mais informações: (31) 3219-9000