Há 10 anos, casais de todo o Brasil postavam fotos nas redes sociais com fases como: "De todos os loucos do mundo eu quis você, porque a sua loucura parece um pouco a minha". A autora dessa frase é a cantora Clarice Falcão, conhecida como atriz e roteirista na época, mas que encantou o Brasil com o álbum "Monomania", um disco no qual ela assumia que ninguém ia gostar por falar "de uma pessoa só".
Clarice mudou, lançou outros dois trabalhos de estúdio, e agora chega ao quarto álbum da carreira uma nova mulher, mas olhando para toda a trajetória que viveu nestes 10 anos desde que dominou as rádios e lotou as casas de show brasileiras. Com "Truque", título do novo álbum, que ela planeja lançar em julho, Clarice Falcão pretende se encontrar no meio do caminho entre a jovem que era e a mulher que se tornou.
O início da divulgação do trabalho foi com o single "Chorar na boate", uma música dançante e cômica sobre os tempos de festas pós-pandêmicas. "O disco novo já tem um pouco de conversar com os outros lados de mim", conta Clarice.
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"A gente já estava no movimento de descobrir como essas peças se encaixam. Foram três discos muito diferentes, gosto de todos e acho lindos de ouvir, mas, para mim, é sobre o que emociona, um house pode emocionar uma pessoa, um folk outra", reflete a cantora, que promete uma cara de novidade nesta mistura. "Tentamos voltar para outros lados, descobrir novas coisas", adianta.
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"A gente já estava no movimento de descobrir como essas peças se encaixam. Foram três discos muito diferentes, gosto de todos e acho lindos de ouvir, mas, para mim, é sobre o que emociona, um house pode emocionar uma pessoa, um folk outra", reflete a cantora, que promete uma cara de novidade nesta mistura. "Tentamos voltar para outros lados, descobrir novas coisas", adianta.
Talvez a principal novidade esteja na temática. O amor está no ar e está de volta nas letras da cantora. "Tanto musicalmente quanto tematicamente é o retorno de uma Clarice. Ele fala de amor de novo, amo falar de amor", diz ela, que assume que foi difícil.
"Amor é um assunto muito manjado. É muito difícil fazer uma música de amor e se sentir fazendo algo novo. Meu processo começa da pergunta: 'Essa música fizeram antes?', se já, eu jogo fora e começo outra. Não tem porquê", afirma.
"Amor é um assunto muito manjado. É muito difícil fazer uma música de amor e se sentir fazendo algo novo. Meu processo começa da pergunta: 'Essa música fizeram antes?', se já, eu jogo fora e começo outra. Não tem porquê", afirma.
Porém, o resultado, segundo ela, foi bom.
"Desta vez, acho que consegui uma obra da qual eu me orgulho muito", conta a cantora e compositora. "Acho que vou dar para as pessoas coisas que as pessoas queriam que tivesse entregado há muito tempo. Conceitinho amarrado, visuais e coisas que sempre quis fazer e nunca tinha tempo, quando já tinham-se passado três anos do lançamento", aponta. "Eu estou mais bem preparada. Essa vai ser a primeira vez de muitas coisas", completa.
Os 10 anos do "Monomania" bateram em Clarice, mas o tempo passa para todo mundo. "Eu estou me sentindo velha, não só pela minha música apenas, mas por fatos como os 20 anos do primeiro álbum da Pitty", diz a artista, que ainda lembrou em tom de piada: "Poxa, ouvia essas músicas na van, indo para escola".
"Desta vez, acho que consegui uma obra da qual eu me orgulho muito", conta a cantora e compositora. "Acho que vou dar para as pessoas coisas que as pessoas queriam que tivesse entregado há muito tempo. Conceitinho amarrado, visuais e coisas que sempre quis fazer e nunca tinha tempo, quando já tinham-se passado três anos do lançamento", aponta. "Eu estou mais bem preparada. Essa vai ser a primeira vez de muitas coisas", completa.
Os 10 anos do "Monomania" bateram em Clarice, mas o tempo passa para todo mundo. "Eu estou me sentindo velha, não só pela minha música apenas, mas por fatos como os 20 anos do primeiro álbum da Pitty", diz a artista, que ainda lembrou em tom de piada: "Poxa, ouvia essas músicas na van, indo para escola".
"Monomania"
Não só Clarice, mas o próprio "Monomania" envelheceu, ambos como vinho. "Ele conversa muito comigo atualmente, até musicalmente. Poxa, é um disco que tem o Jaques Morelenbaum tocando cello. Tem algo mais imortal do que isso?", reflete."Eu falava muito sobre amadurecer e crescer na época do meu terceiro disco. Hoje, eu discordo de mim mesma. No sentido de que quero muito ter amadurecido e acredito que amadureci em muitas coisas, mas os discos não são diferentes por uma questão de amadurecimento, mas porque nós somos pessoas diferentes, temos vários lados", avalia.
Contudo, o álbum não é só qualidade artística, tem todo o lado sentimental do artista. Voltar para o "Monomania", para Clarice, é talvez voltar para emoções que ficaram guardadas naquele período.
"É um disco que me representa muito, tem uma vida inteira nele e até por isso foi difícil voltar nele. Quando se resolve essas coisas na nossa cabeça e bota para fora, realmente fica muito bom."
"É um disco que me representa muito, tem uma vida inteira nele e até por isso foi difícil voltar nele. Quando se resolve essas coisas na nossa cabeça e bota para fora, realmente fica muito bom."
"É muito doido voltar e muito emocionante ver pessoas tocadas ainda com este álbum. De alguma forma, tem uma coisa nostálgica, de algo que ficou. Me faz muito bem ver como esse meu trabalho afetou os outros", comemora. "Ser artista é se comunicar, não se sentir sozinho com as próprias doidices. Encontrar outras pessoas que sentem as mesmas coisas que você."
O reencontro, então, foi para matar as saudades. A nostalgia dos tempos antigos abriu caminho para que a cantora se achasse em um novo lugar. Velha ela se sente, mas o futuro é logo mais e promete frutos.
"Que bom que eu estou no paralelo de olhar para trás no 'Monomania', mas fazendo o novo disco. Se não fosse o disco novo eu ia estar me sentindo mais velha", acredita.
"Tem um trabalho que me deixa muito feliz no horizonte, então isso me deixa muito feliz de olhar para trás, porque isso é o que me trouxe até aqui. Estou me sentindo velha de um jeito sereno e feliz", afirma a artista. "Desde que você planeje para frente, tudo bem que teve um monte para trás", conclui.
"Que bom que eu estou no paralelo de olhar para trás no 'Monomania', mas fazendo o novo disco. Se não fosse o disco novo eu ia estar me sentindo mais velha", acredita.
"Tem um trabalho que me deixa muito feliz no horizonte, então isso me deixa muito feliz de olhar para trás, porque isso é o que me trouxe até aqui. Estou me sentindo velha de um jeito sereno e feliz", afirma a artista. "Desde que você planeje para frente, tudo bem que teve um monte para trás", conclui.
"Monomania" portanto vai viver em Clarice. "Sinto que toda vez que eu me apaixonar vai ter um pouquinho de 'Monomania' na minha temática", aponta a cantora, que ainda brinca: "É isso, agora eu tenho franja de novo".