Apesar de mais cheia do que na última segunda (19/6), a fila para a compra de ingressos dos shows extras de Taylor Swift, em São Paulo, está mais tranquila nessa quinta-feira (22/6). Dessa vez, a venda foi geral e não apenas para clientes do C6 Bank, como no início da semana.
Se na outra ocasião foram encaminhados 30 suspeitos de cambismo para a delegacia, nessa manhã foram apenas três, segundo o delegado da Primeira Delegacia do Consumidor, Paulo Alberto Mendes Pereira.
À Folha, ele afirmou que a supervisão da fila está ocorrendo de forma semelhante à da pré-venda: é solicitado que cada pessoa mostre seu RG e cartão de crédito utilizado para a compra e, caso os nomes não sejam iguais, é feita uma entrevista pela Polícia Civil.
"Quem não sabe explicar a divergência é encaminhado para a delegacia, para que se investigue a possibilidade de venda para terceiros com superágio", disse.
Segundo Pereira, a dificuldade de punir cambistas está ligada ao fato de que a lei utilizada para esse tipo de crime data de 1951 e deveria ser aprimorada.
A deputada federal Simone Marquetto, do MDB, elaborou um Projeto de Lei que tipifica como crime contra a economia popular a prática de venda de ingressos por cambistas. Ela diz que espera que o PL seja pautado com urgência na Câmara.
Isso porque, apesar da Lei de 1951 já constituir a prática como crime, ela não confere prejuízo no Código Penal ou detalha as práticas ilegais de cambistas.
O delegado afirmou que a Polícia está conduzindo uma investigação para identificar a prática de cambismo na internet, e que os detalhes serão anexados ao inquérito aberto em São Paulo.
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