A MangueFonia, projeto encabeçado pela Nação Zumbi para celebrar os 30 anos do mangue beat, fez o show mais político do Sensacional. Três vocalistas de bandas que fazem parte do movimento que levou a música do Recife para o Brasil, Fábio Trumer (Eddie), Fred Zero Quatro (Mundo Live S/A) e Canibal (Devotos) revezaram-se nos microfones com Jorge Du Peixe, que entrou no set final com os sucessos da Nação.
“Viva São Jorge, viva o instinto natural e abaixo a inteligência artificial”. Com estas palavras Zero Quatro deu início a sua participação, tocando “Livre iniciativa” (1994), de “Samba esquema noite”, álbum de estreia da banda. Emendou uma canção mais recente, “Baile infectado”, lançada durante a pandemia. O verso final da música de 2022, “Pensando na próxima eleição” foi trocado para “Celebrando a última eleição”. Gritos de “Lula” foram ouvidos pela primeira no Parque Ecológico da Pampulha.
Canibal, que vem do Alto Zé do Pinho, comunidade do Recife, falou dos pobres e negros que vivem ali. Vestindo camiseta com a inscrição “Tudo é maconha”, defendeu a liberação, principalmente para as pessoas que precisam de remédios a base da canabis.
A parte final ficou com a Nação: “Banditismo por uma questão de classe”, “Meu maracatu pesa uma tonelada”, “Foi de amor”, “Manguetown”. Pela primeira vez em Belo Horizonte, o MangueFonia colocou nove músicos no palco. O fim do show, passados pouco mais de 45 minutos, não deu nem direito a bis. Poderia ter sido mais.
Mas o público, que durante a noite lota o gramado destinado aos dois palcos principais do festival, estava de olho em atrações mais hypadas. Até Céu, que apresentou sei baile reggae na parte da tarde, estava no gargarejo para ver a rapper Flora Matos. Que subiu ao palco em fogo – graças a fogos colocados na parte fronteira. “Ser sua”, um de seus maiores hits, veio logo de cara.
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