O tradicional Festival de Inverno de Ouro começa neste sábado (1/7) e segue com programação até 30 de julho. Durante o evento, a cidade histórica receberá shows, peças de teatro, oficinas, palestras e feira gastronômica.
Sob o mote “A minha cidade é criativa”, a edição deste ano tem como prioridade privilegiar os artistas locais. “Afinal, são pessoas que constroem e fazem a nossa cidade”, afirmou o secretário municipal de Turismo e Cultura de Ouro Preto, Flávio Malta, durante coletiva de imprensa realizada ontem (30/7) para o lançamento do festival, que contou com as presenças do prefeito da cidade, Angelo Oswaldo (PV), e do presidente do Instituto Boulieu, Zaqueu Astoni.
As atividades do festival serão realizadas em diversos pontos da cidade, como Praça Tiradentes, Largo do Rosário, Rua Direita e Largo São Francisco, entre outros. Até a Ponte dos Contos, ao lado do museu Casa dos Contos, será palco para intervenções.
Cortejo e shows
Paralelamente, haverá os shows “Nascimento de uma banda que toca Milton”, da Corporação Musical Bom Jesus das Flores, em homenagem a Milton Nascimento; e “Equipe rock”, com bandas da cidade. Eles serão realizados, respectivamente, no Largo de Coimbra e na Praça Tiradentes. A noite termina com Nação Zumbi, que fará show na Praça Tiradentes, com clássicos – como “Maracatu atômico” – e hits mais recentes.
No domingo (2/7), as atividades serão no corredor cultural criado pela prefeitura, que vai da Rua São José até a Rua Getúlio Vargas. Ao longo de todo o dia, haverá apresentações cênicas e musicais de artistas locais, feira gastronômica e sarau literário.
Nas próximas semanas, os destaques da programação são o “Bate-papo musical”, com Chico César; a exposição de fotografias de Dimas Guedes e os shows de Dilsinho, BNegão, Fernando e Sorocaba, e do duo Clara x Sofia. Há ainda show de Rafael Matini com Mônica Salmaso e tributo a Edith Piaf, feito pela cantora francesa Valerie Lu.
Triunfo Eucarístico de volta
Também é destaque da programação a reconstituição do “Triunfo Eucarístico”, evento de translado do Santíssimo da Igreja Nossa Senhora do Rosário para a atual Basílica de Nossa Senhora do Pilar, ocorrido em 1733.
À época, a procissão movimentou toda a cidade e foi um marco para Ouro Preto. Com participação de padres, irmãos de todas as ordens religiosas da então Vila Rica, nobres, camponeses e negros escravizados, o cortejo seguiu com os mais ricos à frente e os menos influentes atrás.
Para a reconstituição, a prefeitura contou com apoio da Fundação Clóvis Salgado (FCS) – que emprestou o figurino –- e do Museu de Artes e Ofícios de Ouro Preto, que cedeu os paramentos e itens litúrgicos do século 18.
“Nós já tivemos interrupções e dificuldades nos anos anteriores em função da pandemia. Toda a produção cultural brasileira, assim como de resto, a vida nacional. Por isso, neste ano, teremos vasta programação que agrega e consolida as contribuições culturais de vários setores da cidade, como a Universidade Federal de Ouro Preto, o Museu Boulieu e os próprios artistas da cidade. (Além das intervenções artísticas) teremos também oficinas de criação de arte”, afirmou Angelo Oswaldo.
Nesta edição do Festival de Inverno, são esperados 50 mil turistas. “Somente no Museu da Inconfidência, neste período de julho, costumamos receber 30 mil pessoas. Partindo desse cálculo, acreditamos que devem passar pela cidade cerca de 50 mil pessoas”, calcula o prefeito. “A cidade toda participa. Vem gente de toda a região, dos distritos. É uma movimentação muito grande”, acrescenta.
Ao todo, foram cerca de R$ 2 milhões de investimento, contando os recursos aplicados pela própria prefeitura e patrocínios.
FESTIVAL DE INVERNO DE OURO PRETO
Shows, peças de teatro, oficinas, palestras e feira gastronômica deste sábado (1/7) a 30 de julho, em Ouro Preto. Programação gratuita, disponível no site festivaldeinvernoop.com.br ou pelo Instagram (@festivaldeinvernoop2023)