O rapper americano 50 Cent prepara uma turnê mundial para marcar o 20º aniversário de seu primeiro álbum, "Get Rich or Die Tryin'", lançado em uma época na qual, confessou em entrevista à AFP, que "estava louco".
A turnê mundial provavelmente será a última nesta escala, confessa o cantor nascido no Queens, em Nova York.
"Não posso voltar a fazer uma tour assim. Meus filmes e projetos para TV não permitem", desabafou o rapper, que acabou de filmar "Os Mercenários 4", com Sylvester Stallone.
O aniversário de 48 anos do rapper, cujo nome verdadeiro é Curtis Jackson, acontece nesta semana, enquanto se prepara para embarcar na turnê "Final Lap", que vai passar pela América do Norte, Europa, Austrália e alguns países da Ásia.
Mais de 600.000 ingressos já foram vendidos. Com uma risada, ele explica que isto "seria impressionante para outros caras, mas eu sou o 50 Cent".
A única razão que poderia convencer o rapper a embarcar em outra turnê seria a companhia de seus velhos parceiros, Eminem e Dr. Dre. "Se pudesse tirar Em e Dre de casa, isto me permitiria voltar às turnês, mas não acho que isso aconteceria".
Lançado em fevereiro de 2003, "Get Rich or Die Tryin" foi um grande sucesso, impulsionado pelo hit "In Da Club" e por sua descrição transparente de sua vida conturbada, incluindo uma passagem pela prisão e uma tentativa de homicídio em que foi baleado nove vezes.
O rapper ainda está em 114º lugar no ranking mundial do Spotify, apesar de não lançar um álbum de estúdio desde 2014.
"Tinha tanto sucesso e tanta energia que começou a parecer que eu poderia ter tudo que quisesse. O álbum se chama 'Get Rich or Die Tryin' (fique rico ou morra tentando, em tradução livre) e eu pensava 'não, deixa eu morrer depois. Me sinto ótimo", pontua 50 Cent, que reconhece seus anos de sucesso.
"Se tivessem feitos exames clínicos, eles teriam descoberto que eu estava louco".
Pouco a pouco, 50 Cent soube lidar com seu sucesso exacerbado para não se afogar. Ele investiu em projetos como roupas, jogos, perfumes e alimentos.
Ele até investiu em uma marca de conhaque - que rendeu um processo do produtor francês Remy Martin, que o acusou de plagiar uma de suas garrafas.
"Eles escolheram o cara errado, porque eu gastei um milhão de dólares por ano com advogados", brincou, afirmando que "às vezes só para me divertir".
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