O poeta Fernando Azevedo lança, numa turnê de eventos de múltiplas artes, a partir desta quinta-feira, até sábado, em Belo Horizonte, o livro Zamboeu. A viagem começa pelo Bar e Restaurante Canto de Mainha, Rua Heitor Menin, 115, Buritisdas, a partir de 19 até 0h. Na sexta, no Unsioutros Gastro Music Bar, Avenida Francisco Sá, 126, Prado de 19 à 0h, e no terceiro dia, no Café com Letras, R. Antônio de Albuquerque, 781, Savassi, das 11 às 13h. 





É o primeiro trabalho literário de Fernando, que é também compositor. Entusiasta das artes, poesia e música em especial, Fernando reuniu 57 poemas de sua autoria, muitos já musicados, em uma obra que promete envolver os leitores em um universo de palavras e melodias.

O lançamento do livro será, também, em três etapas, em três outras cidades. Depois de Belo Horizonte, o autor irá a Brumado, na Bahia, sua terra natal, onde estará nos dias 3, 4 e 5 de agosto. O encerramento da turnê será em Salvador, nos dias 10, 11 e 12 de agosto.
 

O lançamento, todos os dias, será acompanhado de apresentações de seus poemas musicados, num espetáculo intitulado “Zamboeu”, que segundo o autor será um “sarau em cantoria”.





As interpretações musicais ficarão a cargo de um grupo de artistas: os mineiros Marilene Clara e Cristhian Guimarães; e os baianos Pablo Moraes, Priscila Magalhães, Peu Souza e Aline Barr, que estarão em BH especialmente para o encontro.

Haverá, também a participação da artista visual Cota Azevedo, que reside no Rio de Janeiro, e é responsável pela ilustração do livro. os originais estarão expostos.

Inovação

A união da poesia, música e arte visual em Zamboeu faz parte de um projeto singular de expressão multiarte. 

 “O livro registra uma jornada íntima e intensa de confidências (reais, inventadas ou híbridas); de reflexões, por vezes curativas ou ao menos paliativas; e de estudos e experimentações múltiplas, que se revela em um caderno de caligrafia. Cada palavra tem sentido de existir ali, semântico e sonoro, cada poema é parte do quebracabeça (incompleto) a retrata a minha experiência no engenho e na arte da palavra. Com isso, convido-os a conhecer o meu devaneio literário e musical (leigo). O termo “Zamboeu” me veio em sonho, dentro dos cinco versos que iniciam o poema “Rogação”, e já com melodia, melodia toada por uma mulher preta e de meia-idade. Não sei se o que vivenciei foi obra do Sublime, do Reino do Encantado, como insiste minha companheira, espírita, assegurando que a voz sonhada foi a da minha guia espiritual; ou uma simples manifestação do meu subconsciente, como explicaria Freud. O que sei é que não encontrei o registro do termo em nenhum texto, seja normativo ou coloquial. Restou-me, então, decifrá-lo: zambo eu, zambo vou, zambo estou, zambo sou. Sabendo que zambo pode significar cambaio, confuso, desorientado, a mensagem fez todo o sentido, face o momento em que eu vivia, e tomei o neologismo para título da obra”, explica o poeta.




 

Baiano de Brumado, nascido em 1963, fernando mora em Belo Horizonte desde janeiro de 2000. Com formação acadêmica em Engenharia Mecânica e Economia, hoje funcionário do Banco Central, ele encontrou na poesia e na música uma forma de expressar sua paixão pela vida, de se autoconhecer e até de aquietar suas angústias.

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