O sindicato dos atores de Hollywood, o SAG-AFTRA, oficializou nesta quinta-feira (13/7) a greve da categoria. A medida paralisa as atividades do setor de vez, com o grupo se juntando ao sindicato de roteiristas nas manifestações por melhores condições trabalhistas na indústria audiovisual.
A greve, porém, engloba um grupo maior de membros que o do sindicato dos roteiristas, o WGA, e afeta portanto mais ramos da produção para o cinema e a televisão. Entre as medidas incluídas, o SAG estabelece aos artistas sindicalizados que eles não podem participar de filmagens e divulgações de novas produções, o que inclui entrevistas à imprensa, tapetes vermelhos e até mesmo premiações. Mas a lista é ampla.
No documento divulgado pelo sindicato, está suspensa as atividades em quatro categorias de trabalho. A primeira, definida como "atuação principal à frente das câmeras", inclui performances de dublagem, marcação sonora em filmagens, participações em trailers, canto, narração para serviços de audiodescrição e coordenação de dublês.
Já a categoria de "promoção e serviços de publicidade em contratos" elenca qualquer tipo de atividade relacionada à divulgação de projetos. Estão incluídos itens como turnês, aparições na mídia, entrevistas, participações em convenções da indústria e para fãs, festivais de cinema, eventos para premiações, exibições e estreias, cerimônias de entrega de prêmios, encontros com a imprensa, aparições em podcasts, trabalho de redes sociais e apresentações montadas por estúdios.
Há ainda o tópico de "negociações", que lista tópicos executivos como acordos para trabalhos futuros e licenciamento e merchandising, bem como a criação e o uso de réplicas digitais. Até a reutilização de gravações passadas para essas recriações virtuais está suspensa no presente momento.
Por fim, o SAG elenca uma série de trabalhos relacionados ao ofício. Entre eles, há a figuração, a função de stand-in, o dublê de corpo, os testes de figurino e maquiagem, ensaios gerais e de câmera e as entrevistas e audições.
Todas essas posições e estágios, rotineiros na função do ator, serão paralisados pelos mais de 160 mil membros do SAG até que as negociações sejam concluídas entre o grupo e a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão, a AMPTP. Entre as demandas, o sindicato pede por melhores pagamentos residuais aos atores pelas séries e filmes que estrelam, além de uma regulação mais rígida no uso da inteligência artificial pela indústria.
*Para comentar, faça seu login ou assine