Já pensou em ter uma versão só sua da boneca mais famosa do mundo? Ao longo da história, diversos famosos receberam essa homenagem. A lista de Barbies inclui desde a Rainha Elizabeth II até Shakira, passando por Audrey Hepburn.
No Brasil, somente cinco mulheres se transformaram na boneca. Elas são de profissões diferentes e cada uma representa algo inspirador. Confira:
Ana Paula Padrão
Em 2010, a Mattel criou, pela primeira vez, uma Barbie inspirada em uma brasileira. A escolhida foi a jornalista Ana Paula Padrão. A apresentadora do ‘Masterchef Brasil’ era âncora do jornal da Record na época e ficou conhecida por comandar o ‘Jornal da Globo’, entre 2000 e 2005.
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Ela foi escolhida por meio de uma pesquisa promovida pela Mattel do Brasil. Ana Paula Padrão, então, inspirou a criação da Barbie âncora de telejornal. A boneca tinha aparência que lembrava a jornalista e foi customizada pelo artista plástico Marckie Benchayaé.
A boneca não foi para lojas. Essa Barbie foi leiloada e teve a renda revertida para a ONG Make-a-wish-Brasil, no aniversário de 30 anos da organização.
Maya Gabeira
A brasileira Maya Gabeira, que quebrou o recorde de surfar a maior onda registrada entre mulheres, inspirou uma Barbie em 2019. Assim como a versão de Ana Paula Padrão, a Barbie Surfista também não foi vendida. A boneca fez parte da linha “Mulheres inspiradoras” ou “Shero program”, em inglês.
A surfista foi a primeira brasileira a integrar a linha. A Barbie de Maya foi criada para a comemoração dos 60 anos da boneca. Naquele ano, a Mattel relançou a boneca da linha profissões, como astronauta, atleta, jornalista e piloto de avião. A empresa também lançou Barbie com diferentes tons de pele, estilos de cabelo e formatos de corpo.
Jaqueline Goés
A biomédica e cientista Jaqueline Goés de Jesus faz parte da equipe que fez o primeiro sequenciamento genético do coronavírus na América Latina. Para isso, ela levou apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, em fevereiro de 2020. Tempo bem abaixo dos 15 dias da média mundial.
Por isso, em 2021, Goés foi homenageada com uma Barbie da linha “Mulheres inspiradoras”. Naquela edição, a Mattel selecionou seis mulheres que foram imprescindíveis na luta global contra o coronavírus. Além da brasileira, a britânica Sarah Gilbert também fazia parte do grupo, por ter liderado a criação da vacina de Oxford-AstraZeneca.
A cientista é graduada em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa pelo Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz — Fundação Oswaldo Cruz (IGM-FIOCRUZ) e Doutora em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia em ampla associação com o IGM-FIOCRUZ. Antes da pesquisa sobre o coronavírus, ela participou da equipe que sequenciou o genoma do vírus da zika.
Doani Emanuela Bertain
No Dia Internacional das Mulheres de 2022, a Mattel escolheu 12 ícones femininos com o objetivo de empoderar meninas para se tornarem Barbies. Uma das escolhidas foi a brasileira Doani Emanuela Bertain, professora e fundadora da "Sala8”.
A docente nasceu em Campinas (SP) e é bilíngue em português e na língua brasileira de sinais (libras). Ela dá aula na rede estadual de educação paulista.
Doani foi a pioneira a fazer vídeos para ajudar seus alunos surdos e com déficit de atenção, além de ampliar o alcance dos conteúdos e o acesso à informação. No canal do YouTube “Sala8”, ela ensina matemática, português, geografia e ciências em português e em Libras.
Nos vídeos, ela usa uma linguagem destinada ao público infantil. Em 2020, Doani foi eleitauma das dez melhores professoras do mundo pelo prêmio "Global Teacher Prize
Iza
Um dos maiores nomes da música pop brasileira, Iza também virou Barbie, em novembro de 2022, em uma homenagem ao Dia da Consciência Negra. Dona de hits como ‘Pesadão’, ‘Ginga’ e ‘Brisa’, a cantora foi escolhida por conta de tudo o que representa, especialmente com seu poder de quebrar barreiras e empoderar meninos e meninas de todo o mundo, sendo uma inspiração para as próximas gerações.
Iza já tinha dito mais de uma vez que gostava de brincar com a boneca na infância, mas que não se enxergava naquele universo. Ela também já tinha defendido a representatividade de crianças negras nos brinquedos.