FBC manda para as plataformas, nesta sexta-feira (28/7), seu quinto álbum de estúdio. O título é quilométrico: “O amor, o perdão e a tecnologia irão nos levar para outro planeta”. Em entrevista ao Podcast Divirta-se, o mineiro explica o conceito do novo trabalho, que aposta na dance music, traz referências do filme de ficção científica “Ad Astra” (2019), questiona as ditaduras cotidianas das redes sociais e segue os ensinamentos musicais, filosóficos e poéticos do mestre Jorge Benjor.
O single “Químico amor”, que chegou às plataformas para anunciar o álbum de 15 faixas, deu a dica do som “house” de FBC, bem diferente de “Baile”, a parceria de sucesso com Vhoor que bombou nas pistas do Brasil e do mundo. Porém, o “outro planeta” de FBC traz conexões com esta releitura do miami bass lançada em 2021.
O cantor e compositor também se distancia do rap que o consagrou, mas sem cortar os laços (eternos, segundo ele) com suas raízes como MC.
Na conversa com os jornalistas Ângela Faria, João Victor Pena e Adriano Oliveira, FBC explica a arquitetura de sua discoteca house. Conta que o processo de criação vem de antes da pandemia, quando viajou para a Europa e conheceu sonoridades que o encantaram. Explica que não pegou carona na onda disco de Beyoncé com seu “Renaissance”, lançado no ano passado, mas fica feliz por estar com antenas tão ligadas quanto as de Queen B.
Fabrício fala também sobre como se deu a parceria com os convidados Don L, NiLL e Abbot. Sobretudo, saúda o encontro com os produtores brasilienses Pedro Senna e Ugo Ludovico, que assinam as 15 faixas.
Chama a atenção a vibe elegante que esta dupla de Brasília imprime ao álbum, com belos metais a cargo de Jackson Ganga (sax), Hilton Lima (trompete) e Danillo Mendonça (trombone). Também brilha o coro formado por Aline Magalhães, Sàvio Faschét, Iolanda Souza, Sarah Reis e Fernanda Valadares.
Desta vez, a violência das ruas, a covardia cotidiana do racismo, a truculência da desigualdade social ficaram fora da nave house de FBC. As letras desta viagem interplanetária falam de amor, perdão, autoconhecimento e revolução tecnológica.