Leci Brandão canta ao microfone

Leci Brandão considera positivo se apresentar com jovens artistas, como Coral. "Tudo soma", diz

Alexandre Guzanshe/EM/DA Press

Um mês depois de emocionar o público do Sensacional cantando ao lado do Fundo de Quintal, Leci Brandão retorna a Belo Horizonte. Neste sábado (29/7), no Parque Municipal, a sambista divide o palco com a cantora Coral no Festival Novos Encontros.

Em sua segunda edição, o evento promove outra dobradinha inédita, da banda Graveola com a cantora e compositora Ana Frango Elétrico. Encerrando o festival, Criolo convida a rapper mineira Tamara Franklin – a dupla esteve no mesmo palco em 2019, quando ela abriu “Boca de lobo”, show dele.
 
Cinco integrantes da banda Graveola

Graveola, agora quinteto, é uma das atrações do Festival Novos Encontros

Graveola/Acervo

Manhã 

Novos Encontros tem um braço dedicado às crianças. Às 8h de hoje, o Parque Municipal será aberto para receber pais e filhos para três apresentações. Uma das atrações é o grupo Pequeno Cidadão, formado por Taciana Barros, Edgard Scandurra, Antônio Pinto e seus respectivos filhos. A parte matinal do evento tem entrada franca.

Quando a tarde começar a cair, o Novos Encontros retorna, com entrada paga. A volta de Leci a BH é uma exceção, diz ela. A sambista e deputada estadual (PCdoB/SP) passou, recentemente, por uma angioplastia na perna esquerda. Vai cantar, mas não sambar.

“Ainda não está bom, preciso fechar um curativo que está meio complicado”, comenta Leci, de 78 anos, que deu um tempo dos shows. “Mas já tinha me comprometido em fazer este, então Deus vai me ajudar”, diz ela, que vai interpretar “Zé do Caroço”, um de seus grandes sucessos, Cartola e também “Encontros e despedidas” (Milton Nascimento e Fernando Brant).

“Será uma coisa positiva, nunca tive problema em me apresentar com artistas da nova geração. Dividir palco é coisa recente para mim, antigamente só fazia meus shows. Me disseram que é importante fazer, então acho que tudo soma”, acrescenta ela, sobre o encontro com Coral, cantora baiana radicada em BH.

Vivendo em São Paulo há 20 anos e em seu quarto mandato como deputada, a mangueirense diz que o samba explica o país. “O Brasil é samba. Agora tem muita novidade, vários gêneros musicais estão sendo lançados, mas é o samba que todo o mundo reconhece em qualquer lugar do mundo. Para mim, é um bálsamo, os problemas de saúde estão me prejudicando um pouco, mas não me impedem de cantar.”

O momento, para a política, diz Leci, é outro. “Tudo começa a melhorar a partir da hora em que se muda o governo federal. Falo tanto daqui quanto de outros países sobre o respeito aos diferentes, ao pobre, aos indígenas, à ciência. Um país com injustiça não dá certo.”
 

Ana Frango Elétrico não fará mera participação no palco do Graveola. “Ela estará com a gente em grande parte do show, vamos tocar tanto músicas nossas quanto dela”, comenta o tecladista Thiago Corrêa.

Coletivo mineiro

Mais que banda, Graveola é um coletivo. Prestes a completar 20 anos em 2024, hoje ele é quinteto: José Luiz Braga (voz, único remanescente do trio original), Luiza Brina (voz e guitarra), Cecília Collaço (bateria) e Bruno de Oliveira (baixo), além de Corrêa, que entrou para o grupo pouco antes da pandemia.

“Achei que chegaria para substituir, preencher o espaço de alguém. Mas não. A proposta é de que a banda se modifique com a entrada de cada pessoa. A ideia não é cumprir função determinada, mas ser você mesmo e, a partir disso, fazer o coletivo funcionar. Então, a cada hora o Graveola se reinventa”, explica Corrêa, músico conhecido de BH, que produz e grava os discos de Lô Borges, entre vários outros projetos.

O álbum mais recente do Graveola, “In silence” (2021), foi gravado sem a participação de Thiago Corrêa. Mas o músico participou dos shows desse trabalho a partir de 2022, tanto no Brasil quanto na Europa.

Corrêa informa que o Graveola planeja a comemoração de suas duas décadas, com turnê por várias capitais em 2024 e novo álbum.

FESTIVAL NOVOS ENCONTROS

• Neste sábado (29/7), no Parque Municipal (Avenida Afonso Pena, 1.377, Centro). 
• Entrada franca para a programação diurna (a partir das 8h30); R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia), a partir das 16h30.
• Ingressos à venda em www.novosencontros.com.br

Cantoras do Trio Amaranto posam com boneca

Trio Amaranto apresenta show especialmente criado para as crianças

Flávio Souza Cruz/divulgação

Agenda para as crianças no Parque Marcos Mazzoni, na Cidade Nova

Outro parque de Belo Horizonte terá evento dedicado ao público infantil. Hoje (29/7) e domingo (30/7), a partir das 10h, o Parque Ecológico e Cultural Professor Marcus Mazzoni, na Cidade Nova, recebe a segunda edição do Festival Canção Criança.

A programação gratuita se divide entre oficinas e apresentações. O grupo Ciranda de Rosa, criado há 10 anos em BH, será responsável pela chamada oficina lúdica, nos dois dias, às 10h e às 13h. Entre as atividades estão pintura, construção de instrumentos musicais com material reciclável e jogos.

A parte musical traz vários grupos, como a Cia. Pé de Moleque (hoje, às 10h30), com “Canto de neném”, que reúne repertório autoral e de domínio público, acalantos e cantigas de ninar.

Também hoje, às 14h e às 16h, haverá os shows “Locotoco”, com Grupo Serelepe, e “Bi-Bambu”, com Sílvia Negrão e banda.

No domingo, o Trio Amaranto fará seu espetáculo infantil, às 10h30. As irmãs Flávia, Lúcia e Marina Ferraz apresentam “Manhã de sol”. O CD “Três pontes” e os livros/CDs “A menina dos olhos virados” e “O menino das cem palavras” são a base do show.

“A alegria do circo”, com Cia Gêmea, será apresentada às 14h. E às 15h30, encerrando o festival, será a vez da dupla paulistana Mundo Aflora, com os músicos brincantes Angelo Mundy e Flora Poppovic.

FESTIVAL CANÇÃO CRIANÇA

• Neste sábado (29/7) e domingo (30/7), no Parque Ecológico e Cultural Professor Marcos Mazzoni (Rua Deputado Bernardino Sena Figueiredo, 1.022, Cidade Nova).
• Entrada franca.