O documentário “Fernando Pacheco – Ateliê em movimento”, com direção de Fernando Batista, da Noir Filmes, e trilha sonora do mineiro Alexandre Lopes, será exibido nesta quarta-feira (2/8), às 20h, na Sala Humberto Mauro, do Palácio das Artes.



Na telona, a obra do artista plástico Fernando Pacheco, nascido na histórica São João del-Rei. O filme evidencia o seu processo de criação, além de trazer tomadas realizadas de seus dois ateliês – na Pampulha, em BH, e na cidade fluminense de Saquarema. Gravações também foram feitas em Nova Lima e Ouro Preto.

 

“Procurei colocar (no documentário) mais a obra, o processo criativo dele e a compulsão que ele tem pela arte. Pacheco vive 24h do dia respirando arte. O conheci fazendo outro documentário, que é sobre o letrista e escritor mineiro Murilo Antunes. Nesse filme, inclusive, Pacheco é um dos depoentes”, revela Batista.

 

O cineasta conta que começou a fazer o documentário há algum tempo, porém o projeto foi interrompido por causa COVID, no início de 2020. O filme conta com depoimentos de Murilo Antunes, Carlos Bracher, Décio Noviello, Bartolomeu Campos de Queiroz, Olívio Tavares de Araújo, Miguel Gontijo, Tonico Mercador, José Eduardo Gonçalves, Márcio Borges e da jornalista Dulce Tupy.





Performance 

Há também a participação de Nina Pacheco, mulher do Fernando, uma das únicas cenas em que o filme retrata um pouco da vida pessoal do artista plástico. “Foi uma performance que ele fez com os netos, filhos e Nina. Na verdade, a espinha dorsal do documentário são os depoimentos, mas Pacheco fala muito também durante o filme. Ele fala sobre algum assunto e os depoentes acabam atestando a sua fala”, destaca o diretor.

 
Leia também"Oppenheimer" tem prazer em complicar uma história que já não é simples

Batista explica que o documentário “Fernando Pacheco – Ateliê em movimento” vai rodar o país tão logo seja comercializado. “Não usei fundo setorial e não venci nenhum edital que pudesse ajudar financeiramente na produção. Como o projeto de produção foi muito longo, chegou uma hora em que já não interessava mais a venda do filme, pois era melhor eu terminar de fazê-lo e tentar vender para alguma plataforma de streaming, que é a nossa estratégia agora.”

 

Memória 

Segundo Batista, o filme é um registro sobre a obra de Fernando Pacheco e, como todo documentário, automaticamente, entra para a memória coletiva. “Tudo que é arte é muito importante. Acho importante também colaborar com a produção e dar oportunidade de passar isso para outras pessoas. O processo criativo de Fernando Pacheco é até difícil de explicar para alguém, como que ele chega naqueles resultados.”





 

O diretor ainda ressalta a importância da retomada no setor artístico. “Passamos um tempo difícil no qual a arte foi colocada como sei lá o quê, sem nome, e a gente tem que recuperar isso. Temos que dar registro para esse tipo de atividade. Falo de arte em geral, cinema, música, pintura, dança, teatro, tudo...”

 

Televisão

Além de cineasta, Batista é também diretor de TV. “Além dos documentários sobre Fernando Pacheco e Murilo Antunes, tenho mais dois sendo produzidos. Mas não posso dar detalhes. Já fiz vários programas para a TV Futura e acabei de dirigir a série 'Chefe caminhoneiro' para a Band”.

 

FERNANDO PACHECO – ATELIER EM MOVIMENTO”

Exibição nesta quarta-feira (2/8), às 20h, Sala Humberto Mauro, do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537 – Centro). Entrada gratuita, com retirada de ingressos 1h antes da sessão. Informações: (31) 3236-7400. 

compartilhe