Budah

Cantora capixaba Budah lança seu EP de estreia, que já acumula quase um milhão de streams

Aquila Bersont/Divulgação

 

No EP solo batizado com seu nome, a cantora capixaba Budah lança cinco faixas que passeiam por R&B, trap e funk.

Parceira de Yunk Vino e Vulgo FK, nomes em destaque no cenário de trap, ela dá continuidade ao ritmo melódico e às letras de amor de “Licor” (2019) e “Quando eu te olhei” (2022), a canção gravada para o projeto do estúdio alemão Colors.

 

Considerada um dos talentos do R&B nacional, Budah tem dois milhões de ouvintes mensais no Spotify e coloca o Espírito Santo no mapa do rap.

 

“Sempre falei de amor”, diz Brendha Rangel, de 26 anos, nascida e criada em Vitória. “O EP leva meu nome justamente porque representa tudo que gosto”, afirma.

 

BOATE

A primeira faixa, “Sedenta”, transporta o ouvinte para o interior de uma boate. “É sobre uma mulher com ótima autoestima. Quando fecho os olhos e ouço essa música, me imagino olhando para os caras e escolhendo quem eu quero”, explica Budah.

 

Na sequência, vem “N.Q.Q.P”, abreviatura do refrão “Não quero que pare”. A faixa marca a segunda colaboração da capixaba com o trapper Yunk Vino. Em 2020, a dupla lançou o single “Lingerie”, que projetou a cantora no universo do trap e supera 16 milhões de reproduções nas plataformas.

 

 

 

“Lançar outra parceria com o Vino é incrível. Muitas pessoas ficam comparando tudo que fazemos a ‘Lingerie’, mas não lançamos a nova música para ser igual”, avisa.

 

Budah conta que não conseguiu esquecer um trecho do instrumental, que virou o refrão. “Quando ouvi o beat pela primeira vez, parecia uma mulher cantando ‘não quero que pare’. Isso não saiu da minha cabeça, conversei com o Vino e decidi que seria o refrão.”

 

A terceira música, “Lençol”, é parceria dela com o rapper Vulgo FK. No mês passado, a dupla lançou “Pra que isso?”, faixa do álbum “Perdas & Ganhos”, lançado pelo paulistano. A colaboração soma 3 milhões de reproduções nas plataformas.

 

“Vulgo FK é um dos maiores artistas da cena do trap atualmente e eu aprendo muito com ele”, diz Budah. Em “Lençol”, a dupla versa sobre um casal apaixonado em meio às turbulências da vida adulta.

 

“Foi um presente ele aceitar participar, porque trabalhamos no álbum dele e acabamos virando amigos. Criamos ‘Lençol’ juntos e foi lindo, ele abriu minha cabeça para muitas ideias novas”, diz a cantora e compositora.

 

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Em “Namorada”, a quarta música, Budah “visita” os bailes funk de São Paulo. O ritmo é novidade no trabalho da capixaba. “Fomos para o estúdio e começamos a ouvir beats, mas eu não conseguia pensar em nenhuma letra. Quando ouvi o beat desta música, na hora me veio o refrão na cabeça. Escrevi em 10 minutos e gravei”, conta.

 

“Peito aberto”, o single do álbum, ficou guardado por dois anos. “Fiz essa música quando era artista independente. Não tinha uma estrutura muito boa, não estava satisfeita com o áudio e não tinha dinheiro para fazer o clipe”, relembra Budah.

Demorou, mas saiu. O clipe de “Peito aberto” conta com a participação do cantor Luccas Carlos e foi lançado em 16 de junho. Com 1 milhão de visualizações, é uma das canções mais ouvidas da artista no Spotify.

 

 

POESIA ACÚSTICA

Em fevereiro passado, Budah se juntou a Filipe Ret, Teto, Luiz Lins, Borges, BIN, Marina Sena e Caio Luccas na faixa “Poesia Acústica 12 – Pra sempre”, gravada para o projeto da gravadora Pineapple Storm. Fez sucesso, com 95 milhões de reproduções no Spotify e 93 milhões no YouTube. Desde o lançamento, Budah participa de festivais brasileiros, paralelamente à sua agenda solo.

 

 

 

Em 2022, a capixaba cantou no Vamo Festival, no Viaduto Santa Tereza, em Belo Horizonte. “O show do ano passado foi um dos melhores que já fiz. A vibe de BH é muito diferente, as pessoas são muito boas comigo e sinto que eu tenho fãs de verdade aí. É um lugar muito forte, a galera se entrega mesmo quando canta as músicas”, conclui Budah, avisando que pretende voltar à cidade em breve.

 

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria