Saxofonista, flautista, regente e compositor Fernando Trocado

O saxofonista, flautista e regente Fernando Trocado diz que 'Labirinto' traz composições que estavam represadas. "Resolvi botá-las para fora", diz ele

Marcos Braiko/Divulgação

“Labirinto”, álbum do saxofonista, flautista, regente e compositor Fernando Trocado, já está nas plataformas digitais. O disco traz 11 faixas instrumentais e autorais, com exceção de “Resposta ao tempo”, de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc. Além do próprio Trocado, o projeto teve a participação dos instrumentistas Natan Gomes (teclados), Tony Botelho (baixo) e Mac Willian Caetano (bateria), que formam o quarteto Fernando Trocado.

 

O primeiro álbum do músico carioca foi desenvolvido durante a sua trajetória como instrumentista, seja em performances e gravações com artistas como Bibi Ferreira, Roberta Sá, Celso Fonseca, Tomás Improta, Alexandre Carvalho, Ronaldo Diamante, Marcos Amorim, Claudio Dauelsberg e Pascoal Meirelles.

 

Isso sem contar a participação em grupos e orquestras eruditos e populares, como Gaia Wilmer Big Band, Baixada Jazz Big Band, Orquestra de Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Pé do Ouvido, entre outros.

 

Trocado explica que algumas das músicas do disco são mais antigas e outras foram compostas de dois anos para cá.  "É um disco que foi relativamente maturado. Ele tem uma certa variedade da época em que as composições foram elaboradas, mas a maioria delas já tem um tempinho. Com certeza, esse trabalho tem muita influência jazzística, assim como a minha carreira, mas tem outras também. Diria, com mais precisão, que é um disco de jazz brasileiro. Na verdade, misturo as influências do jazz, com a música brasileira", afirma.

 

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"Há músicas que têm a ver com a minha carreira em geral, com um longo percurso. Por exemplo, toquei em várias gafieiras por algum tempo, então, tem algumas coisas que têm um pouco a ver com essa linguagem.”

 

Com formação universitária em música erudita, Trocado também cita essa influência. “Misturo um pouco de jazz, música erudita e brasileira, são essas as três vertentes mais fortes do álbum.” O disco foi gravado em 2021 e 2022. “Estávamos no final do período de isolamento, por isso tivemos que cancelar algumas sessões de estúdio.”

 

O músico conta que, além de colocar as músicas do álbum no streaming, também fez o disco no formato físico. “No meu Instagram, já estão circulando os clipes de 'Os atomistas' e 'Futuro do pretérito', que são duas músicas minhas.”

Colaborador e convidado 

Trocado lembra que tem vários discos gravados, porém como colaborador ou músico convidado. “'Labirinto' é o meu primeiro álbum autoral. Foi gravado no estúdio Umuarama, no Rio de Janeiro, o que foi muito bom, pois deu qualidade ao trabalho. Aconteceram coisas muito bacanas durante as gravações”, detalha o artista.

 

Sobre as participações no disco, Trocado é enfático: “Tony Botelho é um excelente músico, talvez seja o que conheço há mais tempo. O Mac Willian conheço há cerca de dois anos e venho sempre tocando com ele. O Natan, que é o mais jovem, já o conheço há um bom tempo. É jovem, mas muito experiente. Os três são muito bons”.

 

Trocado conta que já tem outras músicas que até poderiam ter entrado nesse trabalho para compor um novo projeto.

 

“Depois é que a gente foi ver, pois faltou apenas um minuto para dar a capacidade máxima do CD. Mas já penso em gravar outro disco em breve. Um projeto, quem sabe, gravando outros compositores? Até pensei: será que 'Labirinto' está muito egocêntrico? Mas como essas composições estavam represadas, resolvi botá-las para fora.”

 

 O músico adianta que pensa em fazer um próximo disco com músicas de um compositor ou mesmo de vários autores. 

 

Com shows já agendados para o para o Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Trocado avisa que sairá em busca de outros palcos.  “O objetivo é mesmo divulgar esse meu disco, que ficou muito legal”, finaliza.

 

“LABIRINTO”

• Disco do Quarteto Fernando Trocado

• 11 faixas

• Disponível nas plataformas digitais