O jornalista, escritor e professor Sérgio de Sá promove, neste sábado (23/9), em Belo Horizonte, uma sessão de autógrafos de seu recém-lançado livro “Bernardo Sayão – Caminhos, afetos, cidades”.



O evento será realizado na Livraria da Rua (rua Antônio de Albuquerque, 913, Savassi), entre 11h e 14h. A obra, que o autor classifica como um perfil afetivo biográfico, resgata passagens da vida de seu avô, o engenheiro desbravador que, escolhido por Juscelino Kubitschek, foi o responsável pela construção da rodovia Belém-Brasília e esteve na gênese do que viria a ser a nova capital do país.

Bandeirante moderno, pioneiro do Oeste brasileiro, aventureiro e líder nato são alguns adjetivos que a literatura dispensa a Bernardo Sayão. Matérias de jornais e revistas, livros e documentos guardados em arquivos públicos foram as principais fontes de pesquisa de Sérgio, que não chegou a conhecer o avô pessoalmente.

Ele nasceu 11 anos depois de sua morte trágica, em 15 de janeiro de 1959, aos 57 anos. Faltando apenas 16 dias para que Sayão e sua equipe concluíssem a confluência das frentes de desbravamento Norte e Sul da Belém-Brasília, em plena selva, na fronteira entre o Pará e o Maranhão, uma enorme árvore desabou sobre a tenda em que estava acampado, no canteiro de obras.



Com diversas fraturas pelo corpo e o crânio partido, o homem de compleição avantajada – “Um Golias em tudo similar a David”, como descreve o neto na recém-lançada obra –, não resistiu aos ferimentos.

O corpo do engenheiro foi o primeiro a ser enterrado no cemitério Campo da Esperança, que ele próprio havia delimitado, menos de dois meses antes, para a incipiente nova capital do país. Sérgio de Sá diz que, além das fontes bibliográficas, realizou entrevistas, buscou confirmar afirmações e viajou pelos lugares que marcaram a trajetória do avô – Belo Horizonte inclusive.

(foto: Reprodução)

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