Quase todo o dinheiro da indústria de discos vem por meio de cliques. De acordo com o novo relatório da Pró-Música Brasil, associação de produtores da área, 99,2% da receita do mercado fonográfico brasileiro vieram do consumo de música por streaming – R$ 1,181 bilhão do total de R$ 1,191 bilhão.

Isso significa 13,3% a mais do que a participação do streaming na receita total de 2022, que havia sido de 86%, também segundo dados da associação. CDs e LPs somam 0,6% de participação na receita da indústria fonográfica, totalizando faturamento de R$ 8 milhões. LPs representam a maior fatia desse segmento, tendo faturado R$ 5 milhões.

O relatório também diz que a indústria fonográfica cresceu 12,6% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.

A relação das 50 músicas mais ouvidas na primeira metade deste ano no país, divulgada com os dados, é quase completamente preenchida por nomes brasileiros. A única exceção é o hit “Flowers”, da cantora americana Miley Cyrus, que figura na 26ª posição.
 
 

Marília continua arrasando

Marília Mendonça, que morreu aos 26 anos, em desastre aéreo ocorrido em 2021, lidera a lista das canções mais ouvidas com a faixa “Leão”, de seu álbum póstumo “Decretos reais”, indicado ao Grammy Latino de melhor disco de música sertaneja. Na primeira gravação desta música, Marília dividiu o microfone e o clipe com rapper Xamã.

Ana Castela ficou com o segundo e o terceiro lugares na lista das canções mais ouvidas da Pró-Música Brasil, com, respectivamente, “Nosso quadro” e a versão ao vivo de “Bombonzinho”, parceria dela com a dupla Israel & Rodolffo. 

AS MAIS OUVIDAS EM 2023

• “Leão”
De Marília Mendonça

• “Nosso quadro”
De Ana Castela

• “Bombonzinho”
De Ana Castela e Israel & Rodolffo