Keanu Reeves tem uma opinião forte sobre as cópias da franquia "John Wick", da qual é o protagonista. "Já me contaram de roteiros com a frase 'e aqui vai a ação no estilo John Wick', mas as pessoas não sabem o quanto se exige para chegar a isso", disse ele durante a visita que fez ao Brasil no ano passado.





Mas o que o ator não previu foi que a própria série lidaria com um desafio parecido, poucos meses depois do quarto filme. A minissérie "O Continental", primeiro derivado da franquia, está disponível no Amazon Prime Video. É um grande teste: seria possível repetir a fórmula dos longas sem o assassino letal que dá nome a eles?

Para tanto, o seriado volta no tempo. A história se passa nos anos 1970 e acompanha a ascensão de Winston e Charon ao comando do Hotel Continental, em Nova York. O local é tão importante para a franquia quanto os protagonistas, dois personagens secundários vividos nos filmes por Ian McShane e Lance Reddick – morto em março.
 

 

Na minissérie, com três episódios de uma hora e meia, ambos vivem outro momento de vida. Charon (Ayomide Adegun) é mero assistente do gerente do hotel, o temido e às vezes irracional Cormac (Mel Gibson).

Já Winston, papel de Colin Woodell, começa a história na Europa, mas é convocado a localizar seu irmão, Frankie. O familiar, há anos distante, é procurado por assaltar o cofre do Continental. A cena, um ataque brutal, abre a história e dá o tom do seriado.




 
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Essa premissa instigante levou anos para ser desenvolvida. Produtores executivos da minissérie, Basil Iwanyk e Erica Lee afirmam que trabalham no projeto desde o segundo "John Wick", de 2017.

Saída elegante

A ideia original era contar uma história situada no presente, que acompanhava hotéis da rede pelo mundo. Mas dois fatores puseram tudo a perder: a liberdade criativa dos filmes principais, que têm roteiros escritos pouco antes das filmagens, e a ausência de Keanu Reeves, que faria o público se perguntar onde estava John Wick. A volta ao passado, assim, virou uma saída elegante.

Além do ator, outra ausência importante na minissérie é a de Chad Stahelski, diretor de todos os filmes e um dublê veterano.

Para seu lugar, a produção escolheu Albert Hughes, cineasta famoso pelos filmes feitos com o irmão Allen, como "Do inferno", de 2001, e "O livro de Eli", de 2010.

O diretor diz que viu o convite como uma chance de trabalhar em uma história conhecida por um ângulo inusitado.

"Como a trama acontece nos anos 1970, posso aproveitar elementos de filmes antigos pelos quais sou apaixonado. É a chance de viver esse mundo com sabor diferente", afirmou.

“O CONTINENTAL: DO MUNDO DE JOHN WICK”

Série disponível no Amazon Prime Video

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